Forças Armadas começam patrulha, mas Natal continua sem ônibus e com ruas vazias
Mil e quatrocentos militares das Forças Armadas fazem o policiamento ostensivo nas ruas da Grande Natal neste sábado (21). Mesmo assim, os ônibus urbanos não estão circulando, e a rotina na cidade está longe do normal.
Segundo o comando da operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mais militares do Exército, Marinha e Aeronáutica devem chegar neste domingo (22) e completar o número de 1.846 autorizado pelo governo federal.
Pela manhã, a reportagem do UOL circulou pelas principais vias da cidade, incluindo as que ficam nas regiões de praia, e encontrou apenas carros da Polícia Militar. À tarde, em pelo menos três pontos da cidade, militares do Exército já faziam patrulhamento.
Mesmo com a chegada das tropas, as empresas de ônibus decidiram não colocar os veículos em circulação pelo terceiro dia seguido. Não houve ataques na madrugada de hoje, mas os empresários e rodoviários temem ataques, especialmente na periferia.
Uma reunião foi realizada no início da tarde deste sábado, e foi decidido que, por ora, os ônibus continuam nas garagens.
No bairro da Ponta Negra, a estudante Aline Alcoforado, 20, esperava havia 40 minutos um transporte alternativo para voltar para casa, na Cidade Alta. "Pensei que eles [os ônibus] iam voltar com [a chegada do] Exército, peguei um táxi para vir, mas agora espero algum outro transporte. Têm passado alguns micro-ônibus, mas nenhum para a minha área", disse.
Assim como na sexta-feira, as praias de Natal estão lotadas. Já as ruas do centro, onde as lojas abriram pela manhã, o movimento era quase nenhum. Mais uma vez, algumas poucas lojas abriram as portas.
Segundo o comando da operação militar, a cidade de Natal foi dividida em quatro áreas para facilitar o policiamento. Além das Forças Armadas, 20 pontos fixos estão sendo patrulhadas pela Polícia Militar.
Ainda de acordo com o comando, a operação ocorre em pontos fixos e móveis. Até o momento não houve registro de casos violentos.
Violência
No fim de semana passado, uma rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal, terminou com ao menos 26 presos mortos.
O governo estadual passou a semana tentando retomar o controle da unidade, o que só ocorreu no fim da semana.
Na última quarta-feira (18), houve a transferência de presos para outras unidades prisionais, o que gerou uma onda de violência na região metropolitana de Natal.
Em reação contra as transferências, ônibus de transporte público foram incendiados, levando as empresas a retirarem os veículos das ruas.
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