AL: Polícia Civil aceita proposta do governo e encerra greve às vésperas do Carnaval
Policiais Civis de Alagoas suspenderam na noite desta sexta-feira (24) a greve iniciada de manhã. A categoria decidiu em assembleia geral que vai analisar a nova proposta do governo do Estado, no próximo dia 3, para manter o serviço normalizado durante o Carnaval.
O governo de Renan Filho (PMDB) propôs um reajuste do piso salarial de R$ 3.062 seguindo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2016 e de 2017 para as folhas salariais dos meses de março e de dezembro. Além disso, o piso deverá ser reajustado para R$ 3.800,00 no mês de dezembro de 2018.
A nova proposta foi apresentada pelo secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, na tarde de hoje, quando o Estado voltou a negociar com sindicalistas representantes dos policiais.
A Aspol (Associação dos Servidores da Polícia Civil) informou que caso o governo descumpra o prometido, os policiais que vão retomar a paralisação.
A greve começou às 9h desta sexta-feira, quando policiais civis mantiveram o atendimento nas delegacias de Maceió e do interior do Estado com apenas 30% do efetivo --quantidade mínima de pessoal garantido por lei, uma vez que a atividade policial é considerada serviço essencial à população.
"A greve não prejudicou nenhum serviço da polícia, mas pode ter ocorrido demora em algum atendimento porque mantivemos 30% do quadro de policiais civis nas delegacias", disse o presidente da Aspol, Herbet Melanias.
Segundo a Associação, a categoria decidiu pela greve porque as negociações de reajuste do piso salarial com o governo do Estado foram insatisfatórias.
Em nota, a Seplag (Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas) afirmou que mantém diálogo com os policiais civis por meio da Mesa de Negociação Permanente do Governo e que durante as negociações vem apresentando propostas sobre o valor do novo piso salarial da categoria.
Reivindicações
Os policiais civis em greve pedem aumento do piso salarial, melhorias de estrutura de trabalho e reposição de efetivo. A Aspol informou que a categoria fez várias negociações com o governo, mas como nenhuma proposta foi aceita, a greve foi deflagrada. A penúltima proposta do governo que não foi aceita pelos policiais foi de reposição da inflação de 2016 e o aumento para R$ 3.700 apenas em 2019.
Além disso, os policiais civis reivindicam pagamento retroativo das progressões, pagamento do risco de vida e de insalubridade e revisão do PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Subsídios) para isonomia salarial dos servidores atuais com os que ingressaram no concurso de 2012.
A atividade da Polícia Civil em Alagoas não é reconhecida pelo governo do Estado como de risco de morte.
Melanias ratificou que a paralisação dos Policiais Civis de Alagoas iniciada hoje é continuidade da greve de 2016, ocorrida em abril, quando policiais civis ficaram 23 dias parados --sendo 18 deles consecutivos-- e decidiram suspender o movimento paredista para retomada das negociações do piso salarial.
Segundo a Aspol, Alagoas tem 1.700 policiais na ativa, mas existe um déficit de pessoal de 2.000 homens. "No concurso ocorrido em 2012 foram nomeados 240 policiais, mas 70 deles já pediram exoneração dos cargos devido à falta de condições de trabalho", destacou Melanias.
No final da manhã desta sexta, o governador, Renan Filho (PMDB), chegou a negar reajuste de salário a apenas uma categoria de servidores, alegando que o Estado planeja aumento geral em 2017. "Não podemos dar aumento pontual aos policiais civis antes do aumento geral dos servidores", destacou Renan Filho, durante solenidade de entrega de novas ambulâncias e equipamentos para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
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