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Crise faz governo do RS leiloar 500 cavalos e fechar 14 canis da Brigada Militar

Cavalaria da Brigada Militar dispersa manifestantes no centro de Porto Alegre, em 2013 - Itamar Aguiar/Futura Press
Cavalaria da Brigada Militar dispersa manifestantes no centro de Porto Alegre, em 2013 Imagem: Itamar Aguiar/Futura Press

Demetrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

26/04/2017 10h24

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), determinou que cerca de 500 cavalos que servem à Brigada Militar em batalhões do interior do estado sejam recolhidos e colocados em leilão. O governo gaúcho também vai fechar 14 dos atuais 24 canis mantidos pelo estado, com os cães sendo colocados para adoção. O motivo principal é contenção de despesas.

A determinação consta em uma ordem de serviço assinada por Sartori no início de março, mas que só se tornou pública esta semana, a partir de vídeo postado nas redes sociais pelo deputado estadual Jeferson Fernandes (PT). Opositor à gestão de Sartori, ele afirmou ter enviado requerimento às Câmaras Municipais, às prefeituras e aos batalhões da BM das cidades envolvidas: Vacaria, Santiago, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Santo Ângelo, São Gabriel, Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Santana do Livramento e Passo Fundo.

Em nota, o Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, coronel Júlio César Rocha Lopes, disse que a BM “desenvolveu estudos que identificaram necessidade de otimizar a forma de utilização do emprego de equinos e de cães na corporação”, levando em consideração diversos aspectos técnicos, dentre eles as características locais e orçamentárias.

“Do ponto de vista técnico verificou-se que era necessário padronizar a forma de emprego e a raça dos animais envolvidos para que o resultado fosse o mais efetivo possível. Além dos aspectos técnicos, agregou-se a racionalização dos custos, a fim de verificar o que fosse indispensável de recursos materiais e humanos para manter e executar esse tipo específico de policiamento”, afirmou Rocha Lopes. Ele ainda garante que a ação não trará prejuízos para a segurança pública.