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Governo do DF diz que não pediu atuação da Força Nacional nesta sexta

Agentes da Força Nacional fazem treinamento no Ministério da Justiça, em Brasília - Reprodução/Gleisi Hoffmann/Facebook
Agentes da Força Nacional fazem treinamento no Ministério da Justiça, em Brasília Imagem: Reprodução/Gleisi Hoffmann/Facebook

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

27/04/2017 20h33

O governo do Distrito Federal afirmou nesta quinta-feira (27) que não pediu o auxílio da Força Nacional de Segurança para a atuação nas manifestações marcadas para esta sexta-feira (28) contra as reformas da Previdência e trabalhista defendidas pelo governo Temer.

Movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição afirmam que os projetos retiram direitos dos trabalhadores. Já o governo defende as medidas como forma de estimular a geração de empregos e melhorar as contas públicas.

A reforma trabalhista foi aprovada nesta quarta-feira (26) pela Câmara dos Deputados, mas o texto da Previdência ainda não foi votado. O Senado ainda deverá analisar os dois projetos.

Nesta quinta-feira, fotos de agentes da Força Nacional realizando exercícios na área externa do Ministério da Justiça foram publicadas nas redes sociais de políticos e circularam por grupos de WhatsApp.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) chegou a criticar a possibilidade de a Força Nacional ser escalada para atuar nas manifestações de amanhã.

“Talvez estejam entendendo errado: faremos GREVE Geral, e não GUERRA Geral. Desnecessário qualquer represália”, escreveu a senadora em sua página no Facebook, ao postar algumas das fotos divulgadas.

Segundo o governo do Distrito Federal, a atuação da Força Nacional é possível apenas por meio de solicitação direta do governador, o que não foi feito para os protestos desta sexta-feira.

“Em Brasília, a Força Nacional de Segurança só atua se houver pedido expresso do governador, o que não foi feito. Na Esplanada dos Ministérios, a Força Nacional pode atuar na proteção preventiva dos prédios do governo federal, desde que tenha pedido expresso dos ministros”, afirmou a Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal, em nota enviada à reportagem do UOL.

O Ministério da Justiça informou que os agentes da Força Nacional realizaram um treinamento hoje relativo ao protocolo de proteção ao prédio do ministério.

Na ação foram usadas equipamentos de proteção, como capacetes, coletes e tornozeleiras, e também foram manuseadas bombas de gás lacrimogêneo.

O Ministério da Justiça não informou qual a atuação prevista para a Força Nacional nos protestos de amanhã, como, por exemplo, se os agentes farão a segurança dos prédios da Esplanada dos Ministérios, por onde deve passar a manifestação em direção ao Congresso Nacional.

Barreira no Congresso

A Polícia Militar de Brasília deverá posicionar um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes do protesto previsto para esta sexta-feira (28), quando foi convocada uma greve geral em todo o país, se aproximem do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

A barreira policial será posicionada na Alameda dos Estados, via que liga as duas avenidas da Esplanada, e fica na altura dos ministérios mais próximos do Congresso, o da Justiça e das Relações Exteriores (Itamaraty).

A medida foi anunciada esta quinta-feira (27) pela SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal), ao divulgar as medidas de segurança que serão adotadas nos atos de amanhã.