Manifestação em Brasília tem ritual indígena contra Temer
Manifestantes se concentraram no início da noite desta quinta-feira (18) na rodoviária do Plano Piloto, na área central de Brasília, em ato contra Michel Temer (PMDB). O grupo, que pede a renúncia do peemedebista após novo escândalo, grita palavras de ordem como "Temer ladrão, eu quero eleição".
O ato deixou a região da rodoviária por volta das 18h20 e chegou ao Congresso às 19h15. O protesto contava com cerca de 1.500 pessoas por volta das 18h45, segundo a Polícia Militar, e ocorreu de forma pacífica, com nenhum detido, até por volta das 20h, quando começou a se desmobilizar. Entre os presentes, estavam grupos indígenas.
Índios presentes na manifestação dançaram em volta de cartazes com frases que pedem a saída do presidente Michel Temer. Em um dos cartazes, eles também pedem "Diretas Já". O grupo indígena, inclusive, assumiu a linha de frente da manifestação quando ela começou a se movimentar, com uma faixa pedindo a saída de Temer e demarcações de terras.
O índio Marcel Videlles trouxe o filho para participar do protesto na Rodoviária do Plano Piloto. "Nós trouxemos faixas e cartazes para fazer um ritual contra o Michel Temer. Queremos que ele saia do poder. Ele não representa nosso povo. Volta presidente Dilma."
O grupo fez vários cantos contra o presidente: "Ai, ai ai ai, se empurrar o Temer cai", "Eu já falei, vou repetir, é o povo que tem que decidir". Nem a forte chuva que começou a cair por volta das 19h30 espantou os manifestantes.
"A chuva não vai acabar com o nosso protesto. Não somos feitos de açúcar, nosso povo precisa de luta e por isso estamos lutando. Debaixo de sol e chuva, vamos manifestar e tirar esse presidente podre do poder", disse o funcionário público Julio Marques, 44 anos.
"Temer representa todo um retrocesso histórico. Ele é machista, racista e preconceituoso. O impeachment da presidente Dilma foi golpe. Nada mais justo do que tirar esse ladrão do poder”, diz a estudante Dayse Benedita.
A Polícia Militar acompanhou de perto o ato, mas não informou o número do efetivo por "motivos de segurança". Ao fim dele, a organização fez um cordão de isolamento em frente ao Palácio do Planalto.
Os manifestantes chegaram a gritar para os policiais abrirem o cordão de isolamento para entrar no Palácio do Planalto.
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