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Cão "funcionário do mês" de posto de combustível é atacado a tesourada no interior de SP

O cão "Nacional" ganhou até crachá de funcionário do mês em posto de gasolina - Divulgação/Marcelo Furlaneto
O cão "Nacional' ganhou até crachá de funcionário do mês em posto de gasolina Imagem: Divulgação/Marcelo Furlaneto

Wagner Carvalho

Colaboração para o UOL

23/05/2017 17h19

Um cãozinho que vive em um posto de combustíveis no município de Jaú, interior de São Paulo, foi atacado por um andarilho com uma tesoura no último sábado (20). O ataque causou comoção já que o animal é considerado o mascote o estabelecimento.

De acordo com o relato de Marcelo Furlaneto, proprietário do posto, o cão teve a barriga perfurada pela tesoura e precisou ser levado a uma clínica veterinária onde passou por atendimento e recebeu quatro pontos.

Conhecido como “Nacional”, o animal vive no posto de combustível há sete meses e já ganhou até crachá e foi escolhido como funcionário do mês. O cão sem raça definida (SRD) foi adotado pelos proprietários e recebeu o nome do posto “Nacional”. Em pouco tempo, com sua simpatia foi conquistando não só os funcionários do local, mas toda a clientela.

O ataque causou comoção na cidade e muita gente foi até o posto apenas para visitar o cãozinho que se recupera do ataque no fundo posto. Funcionários relataram que ele no domingo não quis se alimentar, mas que agora já está comendo bem, e já voltou a brincar com os clientes.

O autor da agressão, um andarilho que vive naquela região da cidade, foi identificado pela Polícia Militar e contou que só atacou o cãozinho para defender o cachorro que o acompanha. Levado para a delegacia o homem reafirmou ao delegado que os dois cachorros se estranharam e ele atacou “Nacional” com a tesoura para defender o seu animal de estimação.

O delegado Nelson Henrique Junior afirmou que o andarilho foi indiciado e que responderá pelo crime de maus-tratos contra animais. O crime está previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). A pena para esse tipo de crime é de detenção, de três meses a um ano, e multa.

A repercussão do caso foi tanta que nas redes sociais muitas pessoas em perfis fakes têm buscado incitar uma revolta e agressão contra o andarilho. Furlaneto explica que se assustou e que a família do homem também está muito angustiada. “Não é preciso toda essa revolta, não se poder fazer justiça pelas próprias mãos. O Nacional já está bem e isso é o que importa. O homem que fez isso já tem muitos problemas, precisa de ajuda e não da revolta das pessoas”, alertou.