Policiais que atuaram em massacre com 10 mortos no PA são afastados
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará informou na tarde desta sexta-feira (26) que afastou das atividades os 29 policiais envolvidos na operação que resultou em 10 mortes de trabalhadores rurais na fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D'Arco, na última quarta (24).
Os 21 policiais militares e os oito civis são investigados pela atuação em um suposto confronto com trabalhadores rurais durante o cumprimento de 14 mandados de prisão e dois de buscas e apreensão na fazenda. Nenhum policial foi ferido na ação.
Segundo a Secretaria, os policiais ficarão afastados de suas atividades até o final das investigações.
O afastamento dos envolvidos na ação foi defendido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Pará, que solicitou formalmente a medida. A entidade e a CPT (Comissão Pastoral da Terra) ainda querem que o caso seja investigado pela Polícia Federal.
A Secretaria paraense informou que já abriu inquérito para apurar as mortes e enviou delegados de Belém para comandarem a investigação. O Ministério Público do Pará também está com quatro promotores na investigação do caso.
Segundo a versão dos policiais, os trabalhadores rurais teriam recebido os agentes à bala logo em sua chegada. Com as vítimas, a polícia diz ter apreendido 11 armas, entre elas uma pistola e um fuzil -- o que é negado por familiares.
Já a versão apresentada por testemunhas e familiares das vítimas aponta que a polícia chegou atirando ao local e não teria informado sobre qualquer cumprimento de mandado. Eles alegam, inclusive, que a mulher que foi morta na chacina levou tiro nas costas.
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