Chuva intensa põe em alerta 52 cidades no Rio Grande do Sul

A chuva incessante que cai sobre o Rio Grande do Sul desde o início da semana passada vem causando estragos em diversas regiões. Grandes alagamentos e cheias de rios atingem 52 cidades, conforme o último levantamento da Defesa Civil.

Na tarde deste domingo, 146 famílias estavam desalojadas (acomodadas na casa de amigos ou parentes) e 67 desabrigadas (instaladas em abrigos das prefeituras).

Seis cidades já decretaram situação de emergência devido aos transtornos causados pela chuva. Outras 28 estão sob observação. Há alerta para o risco de cheias dos rios Uruguai, Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Paranhana, Antas, Forqueta e Gravataí.

A cidade de São Sebastião do Caí, no vale do Caí, é uma das mais prejudicadas. Cerca de cem famílias que moram próximo ao leito do rio Caí precisaram deixar suas casas. Transtornos semelhantes ocorrem no vale do Taquari, onde os municípios de Estrela e Lajeado contabilizam moradores desalojados e desabrigados.

Previsão é de que chuvas continuem

Conforme a empresa de meteorologia MetSul, ocorre sobre o território gaúcho a transição de uma massa de ar quente, vinda do norte, e uma de ar frio, que chegou pelo sul, o que faz com que o tempo permaneça chuvoso.

A expectativa é que até a noite deste domingo a atmosfera siga instável com chuva na maioria das regiões e elevados volumes de chuva, segundo a MetSul.

"Os acumulados nos três dias podem chegar a 150 milímetros em algumas áreas com volumes mais altos em alguns pontos, o que pode trazer transtornos e alagamentos", explica o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall.

No final da tarde deste domingo, a Defesa Civil do RS informou que segue em estado de alerta, já que as previsões meteorológicas de diferentes órgãos de monitoramento informam a possibilidade de mais chuva até a quarta-feira.

Nesta segunda-feira, a previsão é para chuvas no norte gaúcho. Na terça-feira, as pancadas podem voltar ao noroeste do Estado. Já na quarta-feira, a chuva se espalha e pode voltar a chover forte na região metropolitana de Porto Alegre, região do Caí, no Vale do Taquari, na serra e no litoral norte.