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Mãe diz que alerta de cão rottweiller salvou a vida do seu filho de seis anos

Enzo, de 6 anos, sofreu convulsão que deixou o cachorro da família em alerta - Arquivo Pessoal
Enzo, de 6 anos, sofreu convulsão que deixou o cachorro da família em alerta Imagem: Arquivo Pessoal

Renan Prates

Colaboração para o UOL

19/07/2017 16h41

A conexão entre cachorro e homem ganhou mais um capítulo emocionante em Ibaté, cidade do interior de São Paulo. Rhozana Diniz Menzani, pedagoga e técnica de enfermagem, conta que o cachorro da família, da raça rotweiller, salvou a vida do seu filho Enzo, de apenas seis anos.

“Se eu estivesse dormindo eu não teria ouvido o Enzo passar mal”, explicou a mãe ao UOL, ao contar a história da convulsão do seu filho, ocorrida na madrugada de uma segunda-feira (10). O cão chamado Quiron foi herói ao chamar a atenção da mãe para uma convulsão da criança.

“Quando o Quiron me chamou na janela, era por volta de 5h30. Ele chorava muito, mas ele já tinha feito um tratamento no ouvido e tinha sarado... Falei com meu marido, fomos lá fora, ai dei um remédio. Ele (marido) passou uma pomada no ouvido”.

Depois de voltar para a cama e tentar dormir, Rhozana foi acordada novamente pelo seu cachorro. “Deu meia hora depois, o Quiron passou a chamar e estava chorando de novo. Falei: 'será que dei remédio errado pra ele?' Abri a janela, e ele tava desesperado me chamando. No caminho para encontrá-lo, passei pelo quarto do Enzo. Escutei um barulho. Era como se fosse o mesmo barulho do Quiron, como se ele tivesse reproduzido. Foi quando socorri meu filho e consegui levá-lo pro hospital. O Enzo nunca tinha tido crise convulsiva”.

Pai e mãe posam ao lado de Enzo, garoto salvo pelo rotweiller Quiron - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Pai e mãe posam ao lado de Enzo, garoto salvo pelo rotweiller Quiron
Imagem: Arquivo Pessoal

Quiron foi comprado pela família para cuidar da casa, já que a raça rottweiler é formada por cachorros de grande porte. Pouco antes da compra do cachorro, Rhozana e seu marido descobriram que Enzo tinha autismo, o que colocou em dúvida se deveriam ou não levar o cão para casa. Quatro anos depois, ela acredita ter sido a melhor decisão que eles tomaram.

“Ele ajudou muito na socialização do Enzo. Onde o Enzo estava, ele estava junto. Recentemente, sete meses atrás, a gente descobriu que o Enzo tinha uma doença degenerativa. Ele já perdeu a visão, o caminhar, e agora está perdendo a deglutição”.

Adrenoleucodistrofia é uma doença rara e degenerativa. Para manter Enzo saudável, a família conta com a ajuda da prefeitura de Ibaté, que banca o alto custo dos remédios. Eles se preparam para a cirurgia de gastrostomia, que será realizada próxima semana. A operação tem como objetivo auxiliar na deglutição do filho. Se depender do apoio de seu amigo inseparável, a cirurgia tem tudo para dar certo.