175 mil pedidos ficaram "pendentes" durante crise dos passaportes
Depois de receber R$ 102,3 milhões para a emissão de passaportes, a PF (Polícia Federal) afirmou que pretende normalizar o trabalho "o mais breve possível".
O valor foi repassado pelo Ministério da Justiça após mais de três semanas de paralisação do sistema por falta de orçamento.
A PF informou que 175 mil pedidos foram represados durante a suspensão do serviço desde 27 de junho. Segundo a corporação, as solicitações serão atendidas em ordem cronológica.
A normalização efetiva, de acordo com a PF, depende agora da Casa da Moeda, a responsável pela confecção do documento.
A Casa da Moeda tem condições de imprimir em um dia normal cerca de 15 mil passaportes. Até a paralisação, a demanda era de cerca 11 mil por dia.
Ainda não há informações, porém, de prazos para regularização total do sistema.
Crise dos passaportes
A emissão de passaportes foi cancelada em 27 de junho pela PF, que interrompeu o serviço por tempo indeterminado devido à falta de recursos.
Segundo a instituição, os gastos com esse tipo de serviço chegaram ao limite previsto na lei orçamentária. A estimativa é de que cerca de 10 mil pessoas sejam afetadas por dia de suspensão do serviço.
Com a decisão da PF, o Poder Legislativo aprovou, em 13 de julho, a autorização de verba extra para a confecção do documento. O presidente Michel Temer, no entanto, só a sancionou nesta quarta-feira (19), após a demora do envio pelo Senado Federal.
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