SP tem o maior número de latrocínios registrados desde 2003
O número de latrocínios (roubos seguidos de morte) registrados no Estado de São Paulo neste ano é o maior desde 2003, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (18) pelo secretário da SSP (Secretaria da Segurança Pública), Mágino Alves Barbosa Filho.
Nos primeiros sete meses de 2017, foram registrados 237 roubos seguidos de morte no Estado. No mesmo período do ano passado, 198 crimes do tipo foram informados nas delegacias paulistas. Na capital, foram 85 neste ano.
No primeiro semestre do ano, a alta no índice de latrocínios foi de 25% no Estado (subiu de 163 para 204 entre 2016 e 2017); e, na capital paulista, a crescente foi ainda maior - passou de 51 casos para 74 (alta de 45%).
De acordo com o secretário, o latrocínio não tem como ser previsto porque é "o roubo que não deu certo". Questionado pelo UOL, o secretário afirmou que, "evitando ao máximo atribuir a responsabilidade à vítima, o que acontece é que a violência às vezes se banaliza de tal forma que qualquer esboço acaba em uma ação violentíssima do assaltante. É muito rápido", disse.
Segundo Barbosa Filho, todos os casos de latrocínio estão em investigação. "Dos 33 autores de latrocínios de julho, houve 16 prisões", afirmou. "Não há e não pode haver impunidade pra esse tipo de ação criminosa", complementou.
Um exemplo recente de latrocínio que ocorreu no Estado e que causou repercussão foi a morte do empresário Sylvio Luiz de Toledo Leite, 44. Ele morreu ao reagir a um assalto na noite desta quarta-feira (16) em um posto de combustível no km 79 da rodovia Fernão Dias - este caso não está computado nas estatísticas divulgadas nesta sexta, já que ocorreu em agosto, e os índices anunciados vão até julho.
Leita era empresário do ramo de maquinários e convivia com a mulher, a também empresária Elaine Tatagibe Toledo, 34. Segundo a Polícia Civil, o casal estava em São Paulo a trabalho e foi vítima do crime enquanto voltava para Pouso Alegre (MG), onde vivia.
Até a tarde desta sexta-feira, a polícia ainda não tinha encontrado o carro da família, roubado, e nem informado se os criminosos haviam sido identificados e localizados.
Registros de estupro crescem no Estado e capital
O número de estupros registrados subiu 21,5% no Estado de São Paulo (passou de 728 para 884) e 24% na capital (de 159 para 197) na comparação com os sete primeiros meses de 2016. De acordo com o secretário, de 78% a 82% dos estupros ocorrem entre pessoas que se conhecem.
"O combate a esse tipo de crime fica mais difícil nessa situação. O que a gente tem insistido é na necessidade das vítimas dos crimes de violência sexual registrarem os casos, para que a gente possa mapear melhor os crimes que podem ser evitados", afirmou Barbosa Filho.
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