Prefeitura lança aplicativo para localizar usuários de drogas desaparecidos
A Prefeitura de São Paulo lançou nesta quarta-feira (23) o aplicativo do programa Redenção, substituto do programa De Braços Abertos, para o tratamento de dependentes de drogas na capital paulista. A tecnologia visa localizar pessoas desaparecidas e orientar parentes de usuários.
No momento do lançamento, em entrevista coletiva na prefeitura, porém, dados da rede de assistência do governo de São Paulo não constavam no aplicativo. Tanto a prefeitura quanto o governo tem afirmado que suas ações para auxiliar dependentes químicos funcionam de forma integrada.
Ao instalar o novo aplicativo em um telefone celular é possível ter acesso a fotos, nomes e dados de usuários de drogas considerados desaparecidos. O objetivo da prefeitura é que a tecnologia seja utilizada por familiares de dependentes químicos e por equipes de saúde de assistência social.
Quando uma pessoa encontra um dos desaparecidos, pode mandar uma mensagem imediatamente informando a localização. A ideia é que o dependente seja encaminhado por meio de parentes aos serviços de atendimento da rede municipal.
O aplicativo foi desenvolvido por uma start-up de tecnologia e cedido à administração municipal. Ele pode ser baixado gratuitamente para sistemas de celulares Android e iOS.
Além da ferramenta de busca por desaparecidos, o aplicativo tem um sistema que responde dúvidas de familiares de usuários de drogas sobre dependência química.
A tecnologia também ajuda os familiares a encontrar os pontos de atendimento mais próximos onde poderão obter ajuda médica e de assistência social para seus parentes em risco.
Saia justa
No lançamento da iniciativa, porém, verificou-se que os locais de atendimento a dependentes químicos geridos pelo governo do Estado não constavam na lista do aplicativo da prefeitura. Um exemplo era o prédio do programa Recomeço, na rua Helvétia, no centro da cidade.
Governo e prefeitura já afirmaram em diversas ocasiões que o programa Redenção (município) e Recomeço (Estado) trabalham de forma integrada.
"O aplicativo tem que ser aperfeiçoado, mas iremos corrigir isso", ressalvou o secretário municipal de saúde, Wilson Polara, na entrevista coletiva de lançamento do aplicativo.
"A estrutura [do governo do Estado] é de extrema importância para nós. Estávamos hoje mesmo em reunião discutindo isso; o governo estadual participa conosco, vamos incorporar isso - a intenção é que o aplicativo seja dinâmico e completo", completou o prefeito João Doria (PSDB).
O Redenção foi oficialmente lançado no último em 21 de maio, dia em que uma megaoperação da Polícia Militar e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) acabou dispersando os usuários da cracolândia para a praça Princesa Isabel.
Na ocasião, Doria chegou a afirmar que, "fisicamente, a cracolândia acabou". Mas, semanas depois, grandes concentrações de dependentes químicos foram vistos nas imediações da estação Júlio Prestes, a poucos metros de onde estavam até maio.
Desaparecidos
As informações do aplicativo sobre desaparecidos se baseiam em dados das secretarias municipais de saúde e de assistência social. Também utilizam informações do programa Mães da Luz, da secretaria municipal de Direitos Humanos. Nele, mães de usuários de drogas tentam localizá-los a partir de informações pessoais e fotografias. Uma vez orientadas elas tentam convencê-los a se tratar.
De acordo com o secretário municipal de assistência social, Filipe Sabará, a Prefeitura vai "buscar doações de smartphones" para que trabalhadores da rede municipal possam utilizar o aplicativo como apoio nas atividades. Já para o familiar ou interessado que não puder acessar via celular, haverá a versão utilizável em desktop.
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