Pastor suspeito de roubar igrejas e chefiar quadrilha é preso em São Paulo
Um pastor de 37 anos foi preso na quinta-feira (24) acusado de liderar uma quadrilha que furtava igrejas evangélicas e roubava fiéis no litoral e interior de São Paulo. Givanildo Borges, que pregava na Igreja Mundial do Poder de Deus, foi capturado quando trabalhava em uma farmácia na capital paulista.
De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o pastor era o chefe do grupo. Sua estratégia consistia em entrar nas igrejas, se apresentar como pastor e pedir orientações ao religioso responsável pelo templo. “Dessa forma, obtinha informações sobre o dízimo e objetos de valor. Na sequência, o bando invadia a igreja e roubava o dinheiro e os pertences dos fiéis.”
Segundo as vítimas, o grupo liderado pelo pastor “agia com extrema violência”. Ao todo, foram seis crimes em templos evangélicos, nos municípios da Baixada Santista e um na cidade de São Roque, a 62 quilômetros da capital.
Apenas a Igreja Universal do Reino de Deus foi roubada cinco vezes no Estado de São Paulo: em São Roque, Peruíbe, Cubatão, Mongaguá e Guarujá. Mas a quadrilha também é suspeita de furtar uma casa em Bertioga e uma empresa de produtos eletrônicos em Santos.
As investigações começaram em abril deste ano, quando um templo em Cubatão foi assaltado. “Foi apurado que o bando escolhia a igreja, chegava no final do culto e esperava o movimento diminuir para praticar o roubo”, detalha a Polícia Civil.
O pastor foi identificado na quarta-feira (23), mas a prisão só aconteceu na quinta. Ele trabalhava há dois meses como balconista em uma farmácia no bairro de Santana, zona norte da capital.
Procurada pela reportagem, a Igreja Mundial do Poder de Deus da Vila dos Pescadores, em Cubatão, onde Borges pregava, afirma que lhes faltam “informações concretas e reais” que possam condenar seu antigo pregador.
Segundo o diretor jurídico da igreja, Rodrigo Braga, o Borges abandonou a igreja de uma hora para outra. Sem notícias sobre seu paradeiro, o rapaz foi desligado do quadro de pastores um mês depois. “Foi quando tomamos conhecimento de que ele estava foragido, diante da acusação de integrar essa quadrilha que furtava as igrejas.”
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