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Policiais são alvos de mandados de prisão por sequestro e corrupção no Rio

1.set.2015 - Divulgação
Imagem: 1.set.2015 - Divulgação

Do UOL, em São Paulo

05/09/2017 08h08

Uma organização criminosa com a participação de quatro policiais civis do Rio de Janeiro está na mira da operação “Quarto Elemento”, realizada nesta terça-feira (5) pelo MP (Ministério Público) fluminense e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança.

Os agentes e mais duas pessoas são alvos de mandados de prisão, que são cumpridos pela Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas). Os seis foram denunciados pelo MP-RJ por organização para atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.

O grupo levantava informações de pessoas envolvidas com atividades ilícitas e passava a exigir quantias em dinheiro para que elas não fossem presas em flagrante. De acordo com as investigações, os policiais usavam veículos, distintivos e a estrutura da corporação para cometer o crime de extorsão em troca de não prender suspeitos.

O esquema, segundo a Secretaria de Segurança, teve início quando os policiais pertenciam à 36ª Delegacia Policial, da capital, e continuou após a transferência do grupo para a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) de Niterói, na região metropolitana, a partir de maio deste ano.

O MP diz que a organização criminosa atuava impondo “extremo terror”. “Em muitos casos, a vítima da extorsão era levada para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime. Os policiais e os informantes ameaçavam e, em alguns casos, até agrediam fisicamente as vítimas para exigir delas e de seus familiares altas quantias em dinheiro em troca de sua liberação”, informou a Secretaria.

Segundo os investigadores, o grupo, por exemplo, extorquiu dinheiro da proprietária de um automóvel produto de crime. Os policiais foram até a residência da vítima e informaram que ela seria presa caso não concordasse com o pagamento de R$ 10 mil ao grupo.