Polícia prende traficante Rogério 157 durante cerco militar no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quarta-feira (6) Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, apontado como chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, e considerado um dos criminosos mais procurados do Estado. A captura dele ocorreu durante operação integrada realizada nesta manhã pelas polícias Civil, Militar e Federal, com apoio das Forças Armadas, no morro da Mangueira, na zona norte, e em comunidades próximas. A ação conta com efetivo policial e militar de mais de 3.000 pessoas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, Rogério 157 não ofereceu resistência ao receber voz de prisão. Ele estava escondido na favela do Arará, que possui uma base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) e fica nos fundos da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde estão presos os réus da Operação Lava Jato no RJ --incluindo o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Rogério 157 foi levado para a Cidade da Polícia, também na zona norte, onde foi autuado e presta depoimento ainda nesta manhã.
Somente neste ano, de acordo com o Disque-Denúncia, as autoridades fluminenses já haviam recebido 434 ligações anônimas com informações a respeito do criminoso. A recompensa pela captura do chefe do tráfico na Rocinha havia sido fixada em R$ 50 mil, mas não será paga a ninguém porque 157 foi encontrado a partir de investigação policial.
Logo após a prisão de 157, moradores da comunidade da zona sul relataram em redes sociais e grupos de WhatsApp que houve intensa troca de tiros na região. O secretário de Segurança, Roberto Sá, disse mais tarde que os disparos foram feitos pelo bando do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, em comemoração à prisão do rival.
O suspeito era um dos mais procurados pelas polícias do Rio desde que protagonizou uma sangrenta disputa entre bandos rivais na Rocinha, em 17 de setembro --na ocasião, o antecessor de 157, o Nem, ordenou que criminosos leais tentassem invadir a comunidade para derrubá-lo e, consequentemente, retomar o controle das bocas de fumo.
A briga resultou em uma semana de tiroteios ininterruptos e levou o Estado a realizar uma grande ação militar na região, com tanques de guerra e outros recursos, em 22 de setembro.
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O racha com Nem, um dos principais líderes da ADA (Amigos dos Amigos), acabou isolando Rogério 157 na estrutura da facção criminosa. Com isso, após fugir da Rocinha durante as operações da PM para reprimir o tráfico no local, ele acabou migrando para o principal grupo rival, o CV (Comando Vermelho).
Contra Rogério 157 há mais de dez mandados de prisão em aberto, por crimes como homicídio, assalto a mão armada e tráfico de drogas.
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