Reunião entre governo do RN, militares e policiais termina sem avanço
Terminou sem qualquer avanço a primeira reunião entre o governo do Rio Grande do Norte e representantes dos militares e policiais civis do Estado. Na noite desta quinta-feira (4), as entidades representativas foram recebidas pela secretária de Segurança Pública e Defesa Social, Shiela Freitas, mas não houve mudança nas negociações.
Segundo o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos, a reunião foi frustrante. "Não houve qualquer avanço. O governador [Robinson Faria (PSD)] não apareceu, ninguém da equipe econômica apareceu também. Um desrespeito completo, e nada muda pra nós", disse após o encontro.
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Nesta sexta-feira (5), os militares se reúnem novamente em assembleia, às 9h, mas a continuação do aquartelamento é dada como certa. "Não houve nenhuma solução para os problemas apontados, não tem como não seguir. Nós lamentamos, e a situação permanece como está", completou.
Os militares entregaram ao governo uma lista com 14 propostas com medidas, ente elas o pagamento dos salários de novembro, dezembro e 13° e diversas melhorias estruturais.
O governo do Estado, que não se pronunciou após o encontro, afirmou mais cedo que os salários de novembro serão completados no sábado, mas não há previsão para para pagamento do 13° e dezembro.
Polícias paradas
Os militares entram nessa sexta no 17° dia da operação "Segurança com segurança", em que se recusam a ir às ruas sem condições adequadas de trabalho. Já os policiais civis estão em um esquema de plantão desde o dia 20, e apenas três delegacias para serviços essenciais estão em funcionamento.
A segurança no Estado está sendo feita basicamente por 2.800 integrantes das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública. Há policiais nas ruas, mas em um número menor que o efetivo diário. Segundo o comando da PM, há 57 viaturas circulando na Grande Natal, onde moram 1,5 milhão de pessoas.
Mais cedo, o comando da operação das Forças Armadas informou que, mesmo com essas equipes, apenas 50% das ocorrências solicitadas pelo número 190 estão sendo atendidas.
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