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1ª operação no Rio pós-decreto de intervenção tem 11 presos e 6 armas apreendidas

20.fev.2018 - Soldado do exército brasileiro algema suspeito durante operação na favela Kelson"s, no Rio de Janeiro - AP Photo/Leo Correa
20.fev.2018 - Soldado do exército brasileiro algema suspeito durante operação na favela Kelson's, no Rio de Janeiro Imagem: AP Photo/Leo Correa

Do UOL, no Rio

20/02/2018 19h12

Após cerca de 24 horas de operação, a primeira ação realizada no Rio de Janeiro pelas Forças Armadas e pelas polícias depois da publicação do decreto que prevê a intervenção federal na segurança do Estado terminou nesta terça-feira (20) com 11 pessoas presas e seis armas, dois simulacros de pistolas e seis granadas apreendidos.

De acordo com a Secretaria de Segurança, ainda foram apreendidos seis carregadores de pistola, 11 rádios transmissores, um caminhão, dois carros, quatro motos e grande quantidade de drogas e munições.

A ação tinha entre seus objetivos evitar que armas ilegais e foragidos deixassem o Estado enquanto o decreto de intervenção é votado no Congresso e, na prática, ainda não está valendo. Ao menos 3.000 militares participaram da operação.

Os bloqueios ocorreram em três níveis: em rodovias nos limites do Estado, na periferia da capital (região do chamado Arco Metropolitano) e nos arredores de algumas favelas onde há forte presença do crime organizado. A seleção dos locais ocorreu com base em dados de inteligência, segundo apurou o UOL.

A ação ocorre no momento em que o Congresso vota o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, assinado na última sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer (MDB). Na madrugada desta terça-feira (20), a Câmara aprovou o decreto, que deve ser votado pelo Senado ainda hoje.

Segundo fontes militares ouvidas pela reportagem, embora a intervenção já esteja em vigor, enquanto ela não recebe o aval do Congresso, pode haver a sensação de que não está ocorrendo a todo vapor. Em tese, esse momento poderia ser aproveitado pelo crime organizado para mover armamentos e efetivos.

Uma hipótese investigada pelas forças de segurança é a de que facções, como o Comando Vermelho, tentem intensificar suas operações na Região dos Lagos do Rio e em outros Estados para compensar as perdas que podem sofrer na capital. Por isso, tentariam levar seus membros e equipamentos para essas regiões.

A operação iniciada na segunda-feira é a maior do gênero desde o estabelecimento da Operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no Rio no ano passado.