PM morre após ser baleado na cabeça fazendo patrulhamento no Rio
O cabo da Polícia Militar Raphael de Oliveira Monteiro foi assassinado com um tiro na cabeça durante patrulhamento de rotina na região de Costa Barros, nas imediações da comunidade da Pedreira, na zona norte do Rio de Janeiro.
O caso ocorreu na sexta-feira (30), em meio a esforços da equipe de intervenção federal para reestruturar e reequipar as forças policiais e aumentar a sensação de segurança nas ruas do Rio com o envio de militares para reforçar o patrulhamento da Polícia Militar.
A vítima estava acompanhada de um outro policial, que foi ferido por estilhaços. De acordo com a corporação, os PMs foram atacados quando passavam de carro pela avenida Martin Luther King, na altura da rua Professor Sá Lessa. Os criminosos, que estavam em motocicletas, teriam efetuado vários disparos contra o veículo policial. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso.
Os policiais foram levados para atendimento em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) local e, posteriormente, para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste carioca.
Oliveira, que era lotado no 41º BPM (Irajá), não resistiu aos ferimentos e morreu depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória. A PM lamentou a morte dele por meio de sua conta no Twitter. Só neste ano ao menos 30 policiais militares foram assassinados no Rio, sendo 11 durante o exercício da profissão e 17 quando estavam de folga. Dois eram reformados ou da reserva.
O colega dele recebeu curativos e foi liberado ainda na sexta-feira.
O cabo foi o segundo policial assassinado em menos de 24 horas no Rio. Na noite de quinta, o secretário municipal de Defesa Civil e Ordem Urbana de Belford Roxo (cidade da Baixada Fluminense), Marcos Wander Silva de Oliveira, policial militar aposentado, foi atacado a tiros durante uma tentativa de assalto.
Uma das hipóteses consideradas pela Polícia Civil é que Marcos Wander tenha sido morto após ser reconhecido pelos criminosos como um PM reformado.
Patrulhamento
O reforço no patrulhamento com tropas das Forças Armadas foi anunciado pelo Comando Conjunto da intervenção federal na última segunda-feira (26) e começou a funcionar um dia depois. A ação abrange áreas consideradas estratégicas das zonas sul, norte e central da cidade. O trabalho é realizado de forma integrada com a Polícia Militar e com a Guarda Municipal.
Militares ligados ao GIF (Gabinete de Intervenção Federal) afirmam que o objetivo é ajudar a aumentar a sensação de segurança na cidade. Eles dizem acreditar que a presença ostensiva nas ruas seria uma forma de dissuadir criminosos de cometer certos tipos de crime e incentivar a população a fazer denúncias.
O patrulhamento é realizado por ao menos seis equipes compostas por nove militares cada, sendo um sargento e oito soldados. As unidades não possuem uma base fixa, isto é, estão sempre se movimentando pelo terreno patrulhado.
"E, como vocês podem perceber, o patrulhamento é dinâmico e mesclado. Com deslocamento das viaturas e também pausas estáticas em determinados pontos a critério dos comandantes de batalhão", afirmou o porta-voz do CML (Comando Militar do Leste) e do Comando Conjunto, coronel Carlos Frederico Cinelli, na sexta-feira (30).
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