Polícia do Rio prende suspeito de assassinar PM; mãe morreu ao reconhecer o corpo
Foi preso na manhã desta terça-feira (26) um homem suspeito de ter participado diretamente da morte do sargento da Polícia Militar Douglas Fontes Caluête, 35, assassinado em 7 de junho, durante tentativa de assalto em Gramacho, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A mãe do policial, Maria José Fontes, 56, também morreu após reconhecer o corpo do filho.
Segundo a Polícia Civil, contra Luiz Philipe Rocha Martins havia um mandado de prisão preventiva por homicídio. Ele foi detido no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, durante operação das polícias Civil e Militar iniciada na madrugada de hoje. A reportagem do UOL não identificou a defesa do suspeito.
A operação, que busca os assassinos do PM, recebeu o nome de “Madre” para homenagear a mãe do policial morto. Outros três traficantes suspeitos de envolvimento no assassinato continuam foragidos --eles são eles: Davi Lopes Leite, Jonatha Hyrval Cassiano da Silva e Jorge Luiz Amaral.
Na ação, também foram presos outros três homens, com mandados pendentes por roubo, pensão alimentícia e tráfico de drogas.
O sargento Douglas foi morto após ser cercado por cinco criminosos fortemente armados quando passava de carro pela avenida Rio Branco. Na ocasião, a polícia informou que os criminosos ordenaram que ele saísse do veículo e deitasse no chão. Quando viram a arma do policial no interior do automóvel, os bandidos dispararam contra a vítima, que morreu no local.
A abordagem ocorreu em Gramacho, a cerca de 2 km da casa da mãe de Douglas, que passou mal ao reconhecer o corpo do filho. Maria Fontes chegou a ser levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Sarapuí, também em Caxias, mas não resistiu.
Os corpos do sargento e da mãe foram enterrados no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste carioca.
Quadrilha tem relação com morte de bebê baleado no útero
Na semana passada, 20 mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Civil em uma operação para prender os assassinos do sargento Douglas Fontes. De acordo com a Polícia Civil, a ação, que contou com 250 agentes, tinha como objetivo cumprir 45 mandados de prisão contra traficantes que atuam nas comunidades do Lixão, Vila Ideal e Complexo da Mangueirinha.
Dezessete mandados foram cumpridos contra bandidos que já estavam presos, como Charles Silva Batista, o Charles do Lixão, que comanda as ações da quadrilha de dentro do presídio. Na ação, outras três pessoas foram presas.
Segundo as investigações, bandidos que integram a quadrilha foram responsáveis pelo assassinato do PM. Além disso, o grupo também teria participado do confronto que levou à morte o bebê Arthur baleado dentro do útero da mãe em junho do ano passado.
O bebê ficou internado durante um mês no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. No entanto, teve complicações devido a uma hemorragia interna e morreu no dia 30 de julho.
A mãe de Arthur, Claudinéia dos Santos Melo, que estava grávida de nove meses, foi baleada quando ia ao mercado no centro de Caxias. O caso ocorreu no dia 30 de junho. Claudinéia precisou ser submetida a uma cesariana de emergência. A bala atingiu a região pélvica da gestante e atravessou o tórax do bebê, entre outros pontos do corpo. A mãe recebeu alta do hospital uma semana após ser ferida.
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