Subtenente do Exército é preso em operação contra milícia no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre 42 mandados de prisão nesta quinta-feira (2) contra supostos milicianos --entre eles, Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado em diversas investigações como chefe da maior milícia da capital. Na operação, foi preso o subtenente do Exército Marco Antonio Cosme Sacramento, o Sub.
A suspeita é de que milicianos atuem em Itaguaí, na região metropolitana do Rio, cobrando “taxas de segurança” de comerciantes e moradores. O grupo seria vinculado à milícia comandada por Ecko na zona oeste da capital fluminense. Um dos alvos da operação também é o sargento da PM Antonio Carlos de Lima, conhecido como Toinho, Mestre ou Brau. Ele é lotado no 27ª BPM (Santa Cruz).
Preso hoje, o subtenente do Exército foi apontado pelas investigações como o braço-direito de Lima nas ações criminosas. O subtenente do Exército já havia sido preso em 2010. Na época, ele foi detido sob suspeita de integrar a milícia do Piraquê, que controlava comunidades em Pedra de Guaratiba, na zona oeste do Rio.
De acordo com denúncia apresentada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, há uma "estrutura de poder paralelo, armado e lucrativo esquema de cobrança compulsória, extorsionária, de quantias em dinheiro a título de 'taxa de segurança' ou 'arrego'". A denúncia diz ainda que a extorsão de moradores e comerciantes era praticada “de forma rotineira”.
Ainda de acordo com a denúncia, o grupo é estável, com "divisão de tarefas e hierarquia com raio de ação sobre diversas modalidades criminosas objetivando altos lucros pecuniários, realizando roubos, receptações, sequestros, torturas, homicídios, ocultação de cadáveres, danos, crimes da lei de armas de fogo, além do foco prioritário na imposição forçada, extorsão, de 'taxa de segurança'".
Além dos mandados de prisão, a polícia também cumpre 37 mandados de busca e apreensão em residências dos suspeitos para coletar armas, telefones celulares, computadores, bens e valores de origem suspeita e outras provas que possam vincular os suspeitos com a atuação no crime organizado.
O UOL procurou defensores dos alvos da operação, mas ninguém foi localizado.
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