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Hospital de Alagoas troca corpos, e família enterra bebê errado

O hospital diz que investiga quem e de que forma cometeu o erro - Aliny Gama/UOL
O hospital diz que investiga quem e de que forma cometeu o erro Imagem: Aliny Gama/UOL

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

31/08/2018 12h41

Os corpos de dois recém-nascidos natimortos foram trocados no necrotério do Hupaa (Hospital Universitário Professor Alberto Antunes), em Maceió (AL), na quarta-feira (29). Um deles chegou a ser liberado, entregue a uma família que não era a sua e sepultado.

Este bebê, do sexo feminino, nasceu morto no último sábado (25). A família percebeu a troca da recém-nascida ao buscá-la, mas ela já havia sido sepultada no cemitério de União dos Palmares.

A mãe da bebê, Gerlane da Silva, 21, disse ter ficado surpresa ao saber que o corpo da filha tinha sido entregue a outra família. "É uma dor perder um filho. Quando eu e meu marido fomos buscar o corpo da nossa filha, descobrimos o erro."

A troca de bebês foi denunciada pela família, na tarde desta quinta-feira (30), à Defensoria Pública do estado. 

O defensor público Fernando Rebouças informou que vai ingressar com ação pedindo a exumação e a troca dos corpos, bem como a correção na certidão de óbito já emitida. Disse ainda que pedirá a identificação e punição dos responsáveis.

"Nós recebemos os pais, e eles contaram que o hospital universitário teria liberado um corpo, enquanto o outro permanece aguardando liberação. O próximo passo é solicitar ao juiz a exumação do corpo enterrado equivocadamente para que cada família possa sepultar o seu ente. Além disso, fazer a documentação da certidão de óbito", disse Rebouças.

O Hupaa afirmou que realiza investigação preliminar interna para verificar quem e de que forma cometeu o equívoco.

"O Hospital Universitário reforça que possui um procedimento operacional padrão, que determina e orienta como se dão a identificação dos corpos e a liberação para os serviços de verificação de óbito", disse a instituição em nota.