Topo

Familiares buscam adolescente desaparecida há um mês no DF: "A mãe dela só chora"

Carla Giovanna Amor da Silva está desaparecida desde 15 de setembro deste ano, no DF - Arquivo pessoal
Carla Giovanna Amor da Silva está desaparecida desde 15 de setembro deste ano, no DF Imagem: Arquivo pessoal

Rafael Pezzo

Colaboração para o UOL

19/10/2018 12h43

Familiares buscam uma adolescente de 15 anos desaparecida há cerca de um mês em Samambaia Norte, no Distrito Federal. Carla Giovanna Amor da Silva foi vista pela última vez no dia 15 de setembro, quando disse que ia dormir na casa de uma amiga. A suspeita dos pais é de que ela tenha fugido com o namorado, de 25 anos, com quem está há dez meses e cujo relacionamento os pais eram contra.

"Quando fui fazer o boletim de ocorrência, a mãe do rapaz que estava namorando minha filha estava na delegacia e disse que o filho dela também sumiu", contou ao UOL Paulo Francisco da Silva, de 50 anos, pai de Carla Giovanna. À época do desaparecimento, a garota ainda tinha 14 anos, e completou 15 no último dia 26 de setembro.

Segundo Paulo, desde o desaparecimento da filha, ele e sua mulher se culpam pelo ocorrido. "Estou me sentindo derrotado. Fico pensando onde foi que eu errei. Será que deveria ter dado uma correção mais séria? Acho que não, sou contra violência. Eu dei tudo o que pude, além de estudo, que é o mais importante. A mãe dela só chora", disse o pai.

Leia mais:

Pouco tempo antes de sumir, a filha começou a pedir para dormir na casa de uma amiga com frequência, de acordo com o pai. "Da última vez, ela passou o dia fora e, quando ligamos, disse que voltaria para casa, mas isso não aconteceu", explicou. Desde então, o celular da menina está desligado e ela não responde a chamadas e mensagens. "Depois do sumiço, descobrimos que ela nunca ficava na casa dessa amiga."

O caso foi registrado na 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia Norte, em nove de outubro. O delegado responsável pelo caso, José Eduardo Galvão, afirmou que a polícia estranha o fato de o pai da menina ter demorado 24 dias para procurar as autoridades. "No registro da ocorrência também está que ele acha que ela tinha ido para a Bahia com o namorado. A princípio não há situação criminal, já que ela não é menor de 14 anos, então não caracteriza estupro de vulnerável", explicou.

A polícia investiga o caso e, nos próximos dias, deve ouvir a família da menina novamente. 

O pai da adolescente pede, caso alguém tenha informações sobre o paradeiro da adolescente, entre em contato pelo número (61) 98621-7411.