Ações contra exploração de crianças na internet prendem 61 suspeitos
Ao menos 61 pessoas foram presas no país em duas operações policiais destinadas a combater a exploração sexual de crianças na internet em 22 estados nesta quinta-feira (22). O foco das ações é capturar suspeitos de produzir, possuir ou repassar imagens pornográficas de crianças.
As operações usaram tecnologia americana que permite rastrear o caminho deixado pelo compartilhamento na internet de imagens de pedofilia. Os detalhes de seu funcionamento não são divulgados para não atrapalhar investigações futuras.
A tecnologia vem sendo repassada para polícias de todo o mundo por autoridades dos Estados Unidos para combater globalmente a exploração sexual de crianças pela internet. Autoridades policiais argentinas lançaram uma operação simultânea em seu país usando como base a mesma tecnologia.
"Queremos deixar claro aquilo o que já disse anteriormente: não existe anonimato em rede social, não existe impunidade em rede social e a Polícia Federal tem condições de chegar a quem cometer esses crimes", disse o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
"Esse é um crime asqueroso porque ele macula e profana a nossa juventude e as nossas crianças. Evidentemente isso as compromete e compromete também o nosso futuro", disse o ministro.
As penas previstas para os crimes de possuir e compartilhar imagens pornográficas com crianças variam de dois a oito anos de prisão. Já quando é comprovado que o suspeito produziu o material audiovisual, a pena de prisão pode chegar a 15 anos.
Jungmann diz que os mandados de busca e apreensão foram expedidos após análise de 500 mil arquivos.
Segundo o ministério, ao menos 43 prisões foram realizadas pelas polícias estaduais como parte da operação Luz na Infância. Outras 18 pessoas foram presas pela Polícia Federal na operação Atalaia.
Ao todo, 300 policiais federais e 725 policiais civis participam das ações. Mais prisões podem acontecer nos próximos dias.
*Com informações da Agência Brasil
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