Marcola e mais 21 membros do PCC são levados a prisões de DF, RN e RO
Resumo da notícia
- Líder do PCC, Marcola é transferido a presídio federal com 21 membros da facção
- Destino dos detentos não é confirmado oficialmente, mas há três presídios prováveis
- UOL apurou que unidades prisionais seriam as de Brasília, Porto Velho e Mossoró (RN)
Os 22 presos da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) transferidos de penitenciárias no interior de São Paulo para presídios federais na manhã desta quarta-feira (13) foram divididos em grupos. O UOL apurou junto a fontes envolvidas na operação que os locais escolhidos para receber os detentos são os presídios federais de Brasília, Porto Velho e Mossoró (RN).
Pelo menos o grupo que ficará preso em Brasília já chegou ao presídio federal. O Ministério da Justiça, responsável pelos presídios federais, e o governo do estado de São Paulo não confirmaram quais presos ficariam aonde. Entre os transferidos está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção criminosa.
Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira estabelece que os presídios federais na capital de Rondônia e em Mossoró contarão com reforço de segurança feito pelo Exército nos próximos 12 dias.
O governador João Doria (PSDB) afirmou no início da tarde, durante entrevista, que o planejamento feito entre os governos estadual e federal para transferir os presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) levou 50 dias.
A transferência dos criminosos foi revelada pelo UOL na manhã de hoje. "A decisão de onde vão, que são três, só o governo federal dispõe", afirmou o governador. "Não nos cabe mais avaliar isso. Os custodiados estão sob responsabilidade do governo federal a partir do governo que deixaram o estado", disse.
"Fizemos sem temor"
De acordo com o governador, o planejamento começou antes de ele assumir, durante a transição. "Ao lado do governo federal, operação integrada e pensada por 50 dias. Os presos do PCC custodiados em São Paulo foram transferidos com escolta do Depen e da Polícia Militar. O isolamento de lideranças é estratégia adotada pelo governo federal e de São Paulo", afirmou.
O estado não será refém do crime. É isso que representa o conjunto dessas ações.
João Doria (PSDB), governador de São Paulo
Ainda de acordo com o governador, nunca houve acordo nenhum entre o estado e a facção criminosa. "Nem no governo que nos antecedeu, nem nos passados. O ex-governador Márcio França recebeu a determinação e deixou de cumprir. E nós cumprimos. Decisão judicial deve ser cumprida e fizemos sem temor. Estamos preparados", disse.
Segundo o secretário da Administração Penitenciária, o coronel da PM Nivaldo Restivo, a decisão é de mantê-los, inicialmente, 360 dias no presídio federal. Nos primeiros seis meses, eles estarão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ou seja, em isolamento.
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