Podia ter sido antes, diz Doria sobre transferência de líderes do PCC
Resumo da notícia
- Governador de São Paulo comenta transferência de líderes do PCC a presídios federais
- Marcola, apontado como líder da facção, foi transferido com 21 integrantes do grupo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou em entrevista nesta quarta-feira (13) que as transferências de 22 membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), realizadas nesta manhã, poderiam ter sido realizadas antes. "São Paulo cumpriu o seu dever, cumpriu uma decisão judicial, que já poderia ter sido cumprida antes", afirmou o governador.
A transferência dos criminosos foi revelada pelo UOL na manhã de hoje. Entre os transferidos, estão líderes do PCC, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção.
O pedido de transferência foi feito no final do ano passado pelo MP-SP e concedido na semana passada pela Justiça. "Decisão judicial é para ser cumprida, e nós cumprimos sem nenhum temor", afirmou Doria em resposta aos jornalistas. "Mudou o governo e este governador afirmou desde sempre que a segurança pública seria uma prioridade. Estou cumprindo uma promessa de campanha."
De 2011 até o ano passado, o governador de SP era Geraldo Alckmin (PSDB), padrinho político de Doria. Ele também comandou o estado de 2001 a 2006.
"Esse isolamento de lideranças é uma estratégia adotada pelo governo de São Paulo e o governo federal para desmantelar as organizações criminosas", afirmou Doria.
Em diversas entrevistas e declarações à imprensa ao longo de seus mandatos como governador, Alckmin sempre negou que os líderes do PCC conseguissem comandar a facção de dentro da cadeia no interior de São Paulo, e disse que não havia necessidade de transferir Marcola ou outras lideranças para penitenciárias federais de segurança máxima.
No ano passado, a polícia interceptou uma carta de Marcola e outras lideranças mandando matar um promotor do Ministério Público de SP caso eles fossem transferidos.
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