Delegado não vê motivos para prisão de segurança que matou jovem em mercado
O delegado que chefia o inquérito sobre o homicídio de Pedro Henrique Gonzaga, 19, disse não ver indícios por enquanto para pedir a prisão de Davi Ricardo Moreira Amâncio, 32, segurança apontado como autor do crime. Pedro levou uma gravata de Davi dentro do supermercado Extra da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, na tarde da última quinta-feira (14), e morreu. A causa atestada foi asfixia.
O segurança está prestando depoimento na Delegacia de Homicídios da capital desde as 16h20 de hoje.
De acordo com Antônio Ricardo, diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), alguns fatos indicam que a prisão de Davi não é necessária. São eles:
- ter se apresentado à polícia no dia do homicídio e nesta quarta;
- não estar apresentando risco para as investigações;
- não estar ameaçando testemunhas;
- ter trabalho e residência fixos.
Amâncio foi afastado da função de segurança do supermercado Extra, segundo comunicado emitido pela empresa ontem.
O delegado também informou que a possível conversão de homicídio culposo (sem intenção de matar) para doloso (com intenção) se dará ao final do inquérito, cujo prazo de conclusão oficial é de 30 dias. No entanto, como as investigações estão correndo rapidamente, o inquérito deve ser concluído antes desse período.
Ontem, a mãe de Pedro Henrique, Dinalva dos Santos de Oliveira, prestou depoimento. Hoje, ela registrou queixa formal por agressão contra Davi --a mãe da vítima deixou a delegacia antes da chegada do segurança.
O segurança foi preso em flagrante no dia do crime, mas após pagamento de fiança foi liberado.
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