Mulher espancada por 4 horas diz acreditar que foi dopada por agressor
A paisagista Elaine Caparroz, 55, disse acreditar ter sido dopada pelo seu agressor, o estudante de direito Vinicius Serra, 27. Ela havia comprado queijos e vinho antes de se encontrar com ele.
Elaine foi espancada durante quatro horas, na madrugada do dia 16, por Serra. Os dois se conheciam havia oito meses e trocavam mensagens por uma rede social.
O primeiro encontro aconteceu na noite anterior (dia 15), na casa de Elaine, na Barra da Tijuca, na zona oeste. Segundo o depoimento dela, ele acordou de madrugada e começou a agredi-la. Serra está preso por tentativa de feminicídio.
"Eu tenho certeza absoluta [de que o agressor colocou alguma coisa em sua bebida]. Eu tenho certeza absoluta de que ele queria me matar", afirmou Elaine, em entrevista veiculada na noite de hoje (24) pelo programa Fantástico, da TV Globo.
"A última coisa que eu me lembro foi eu me ter deitado no ombro dele e depois de um tempo eu me lembro dele em cima de mim, me dando vários socos no rosto", contou.
Ela também relatou que ele teve comportamentos estranhos durante o encontro, mencionando um amigo que tinha vontade de se vingar e matar uma pessoa. "Ele disse: 'Ele quer realmente matar. O que você acha disso?'. Eu falei: 'Nossa, que conversa, né? Que conversa mais louca'."
O cirurgião Ricardo Cavalcanti Ribeiro, chefe do setor de cirurgia plástica da Casa de Portugal, onde Elaine esteve internada, explicou que, numa segunda etapa do tratamento, serão determinadas as cirurgias necessárias para a reconstrução do rosto da empresária.
Elaine teve múltiplas fraturas nos ossos da face e seu rosto ainda está muito inchado. Depois que o edema facial ceder e houver a cicatrização das fraturas, os médicos poderão determinar as intervenções a serem feitas --um processo que pode durar até seis meses.
"A paciente saiu recentemente da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e segue passando por avaliações por uma equipe multidisciplinar do hospital. No momento, o mais importante é garantir que ela não corra nenhum risco e esteja apta para a realização de cirurgias reparadoras", explicou o médico.
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