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Pela 4ª vez, ciclovia cai no Rio; Crivella lamenta "imprevistos"

Marcela Lemos e Nathan Lopes

Colaboração para o UOL, no Rio, e do UOL, em São Paulo

09/04/2019 11h09

A chuva que deixou mortos no Rio de Janeiro entre ontem e hoje causou um novo desabamento em um trecho da ciclovia Tim Maia. Inaugurada em janeiro de 2016, a estrutura sofreu uma queda em um trecho pela quarta vez desde então.

A avenida Niemeyer, que fica ao lado da estrutura da ciclovia, está interditada nos dois sentidos por medida de segurança, segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro. A via liga as zonas oeste e sul da capital fluminense e foi atingida por um deslizamento de terra na encosta do morro do Vidigal.

O trecho que caiu fica na altura do número 500 da avenida Niemeyer. Ele fica perto do local que já havia desabado em fevereiro deste ano.

A primeira vez que houve uma queda de um trecho da ciclovia foi em abril de 2016, três meses após a inauguração. A ressaca do mar de São Conrado derrubou uma parte da estrutura e matou dois homens.

Dois anos depois, em fevereiro de 2018, um forte temporal causou o desabamento de um outro trecho

Em pronunciamento à imprensa nesta manhã, o prefeito carioca, Marcelo Crivella (PRB), atribuiu o fato a "imprevistos" e explicou os quatro incidentes que levaram à interdição da ciclovia.

São imprevistos. Depois que acontece, a gente começa a se precaver
Marcelo Crivella, prefeito do Rio

"Sempre que há chuva forte, nós pedimos para que não usem, a interditamos. Pedimos às pessoas para que não saiam de casa, evitem", completou.

Crivella lembrou que, na região, "desde aquela última grande chuva [em fevereiro], começou um amplo programa de contenção de encosta". "Mas (...) não tivemos tempo de fazer as contenções, e uma qrande parte de solo caiu, e aí mais um pedacinho da nossa ciclovia quebrou".

O prefeito disse que, ontem, houve uma reunião com associação de moradores e órgãos de engenharia para decidir "se haveria consenso de retirar a ciclovia". "90% dos órgãos acharam unanimemente que a ciclovia deve permanecer".

Crivella diz que a estrutura da ciclovia prevê suportar forças de cima para baixo e de baixo para cima. "De repente, vem uma [força] horizontal para a qual não havia previsão. E um desabamento de terra e ela foi tombada. Ontem foi a mesma coisa. Sem vítimas porque havia protocolo de que a ciclovia não pode funcionar em dias de chuva. Então, não houve vítimas graças a Deus".

Para Crivella, as últimas ocorrências na ciclovia foram decorrência de "hipóteses remotas que não foram consideradas e acabaram acontecendo, para nossa tristeza". Ele pontua que a obra não foi construída em seu governo. Ela foi realizada na gestão de Eduardo Paes (MDB).

A obra, realizada pelo consórcio Contemat-Concrejato, custou R$ 45 milhões e é um dos legados das construções feitas pensando nos Jogos Olímpicos de 2016, sediados na capital fluminense.

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