PM da Rota morto em SP foi ameaçado pelo PCC há 6 meses, diz colega
O policial militar Fernando Flavio Flores, 38, assassinado na manhã de hoje em Interlagos, zona sul de São Paulo, foi ameaçado de morte cerca de seis meses atrás por um integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi dada em depoimento no 101º DP (Distrito Policial), no Jardim das Imbuias.
O policial que prestou depoimento é da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), o mesmo batalhão em que atuava Flores. Ele afirmou que o colega foi ameaçado de morte por Fabio da Silva, 36, conhecido como Zé Bedeu, integrante do PCC
Zé Bedeu foi preso em setembro de 2012 em uma ação da Polícia Civil na zona sul da cidade. Ele era apontado como uma das lideranças regionais da facção. Na prisão dele, foi apreendido um caderno com anotações de cobranças de criminosos.
Ele é o segundo policial da Rota assassinado em nove dias, em São Paulo. Flores foi atingido por disparos de fuzil no tórax e na cabeça, segundo as primeiras informações policiais. Ele morreu no local.Em Santos, na noite de 25 de abril, foi assassinado com tiros à queima roupa o policial Daniel Gonçalves Correa. Ele estava sem farda e em um evento de divulgação de um empreendimento imobiliário. Após a morte de Correa, policiais da Rota mataram três suspeitos no litoral.
O assassinato de Flores ocorreu um dia depois de o MP (Ministério Público) ter realizado uma operação, em cinco cidades do estado, contra o PCC. Os alvos da operação eram integrantes da facção que estaria levantando endereços de autoridades policiais e de investigação para matar.
O MP avalia se os ataques contra os dois policiais da Rota ocorreram em represália à ação que envolveu a corporação e que terminou com 11 ladrões de banco mortos em confronto, em Guararema, no interior do estado.
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