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Preso presidente da Câmara de Nilópolis suspeito de mandar matar adversário

9.mai.2019 - O presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, Jorge Henrique da Costa Nunes, foi preso por policiais civis - Reprodução/TV Globo
9.mai.2019 - O presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, Jorge Henrique da Costa Nunes, foi preso por policiais civis Imagem: Reprodução/TV Globo

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

09/05/2019 14h35

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã de hoje o presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, Jorge Henrique da Costa Nunes, 47, conhecido como Dedinho (SD). Segundo a polícia, o parlamentar encomendou a morte do vereador Roberto de Barros Batista, o Betinho (PTB), seu adversário político. O plano para assassiná-lo custou R$ 200 mil e não se concretizou, também de acordo com informações da polícia.

O homem contratado para matar o rival de Dedinho, identificado como Fernando, desistiu do acordo e, segundo as investigações, acabou morto pelo grupo do vereador por receio de que ele delatasse o esquema.

O presidente da Câmara foi preso em casa, às 6h, por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Outros dois suspeitos de planejar o assassinato do vereador são procurados. A polícia cumpre também outros três mandados de busca e apreensão em endereços da Baixada Fluminense e da capital.

De acordo com as investigações, a desavença entre os dois vereadores começou com a disputa pela Presidência da Câmara de Nilópolis.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Nunes. O UOL também procurou a Câmara Municipal de Nilópolis, mas não teve retorno.

Jorge Henrique da Costa foi o sexto vereador mais votado em Nilópolis. Ele foi eleito com 2.347 (2,32% dos votos).

Alvo da ação do TCE

O parlamentar já foi investigado em uma ação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) por suspeita de desvio de dinheiro público. Os recursos teriam sido aplicados em viagens pelo Brasil sob a justificativa de realização de cursos de capacitação. Na ocasião, 84 políticos foram investigados.

Em 2015, o Tribunal determinou que ele apresentasse documentação que comprovasse os gastos ou devolvesse o equivalente a R$ 7,6 milhões aos cofres públicos, o que não ocorreu.