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Foragido vai à PF pedir documento, é identificado e vai preso no RS

Unidade da Polícia Federal em Santana do Livramento (RS) - Reprodução/Google Street View
Unidade da Polícia Federal em Santana do Livramento (RS) Imagem: Reprodução/Google Street View

Leonardo Martins

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/05/2019 16h11

Condenado por homicídio e ocultação de cadáver, um foragido da Justiça foi preso na última segunda-feira (20) na sede da Polícia Federal de Santana do Livramento (RS).

José Carlos da Silva, 46, foi solicitar documentos de antecedentes criminais quando os oficiais identificaram um pedido de prisão em seu nome.

José Carlos foi levado ao presídio estadual de Santana do Livramento e aguarda decisão da Justiça sobre uma transferência para Caxias do Sul, onde os crimes foram cometidos em 2004.

De acordo com o TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul), José Carlos foi condenado em 8 de maio de 2012 a 15 anos de prisão, em regime inicial fechado, progrediu para o semiaberto (que permita sair da prisão durante o dia), mas fugiu.

Nesta semana, no momento da prisão, segundo a PF, José Carlos reagiu e teve de ser contido por outros oficiais.

Martelo, barra de ferro e serra

Com um martelo e uma barra de ferro, segundo denúncia do MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), José Carlos da Silva teria matado Joacir Toledo da Silva em 5 de junho de 2004, em Caxias do Sul. Os dois dividiam a mesma casa e o motivo do crime não foi esclarecido.

Após o assassinato, José Carlos teria usado uma serra para esquartejar Joacir. Ele teria guardado os membros da vítima em uma sacola e a escondido embaixo de um sofá. Tronco e crânio foram enrolados em um lençol e escondidos em um matagal próximo ao local, aponta a denúncia.

Em juízo, o réu afirmou que havia sido agredido por Joacir, que era violento quando estava drogado e o ameaçava constantemente.

Ele disse não se recordar de ter esquartejado o corpo de Joacir, mas admitiu a ocultação do corpo.

A defesa alega que o réu entrou em desespero, ficou girando em torno da mesa sem saber o que fazer e decidiu se livrar do corpo da vítima. "Não queria fazer o que fez, mas naquela hora foi a única coisa que lhe veio na cabeça", afirma o advogado do réu na denúncia enviada pelo MP.