Motorista diz que carro salvou a vida de criança jogada do 5º andar
Um milagre. Foi assim que o motorista de aplicativo Carlos Roberto Agili Júnior, 44, definiu a sobrevivência da menina T.G.B, 3, que caiu do 5º andar de um prédio na madrugada de hoje na zona oeste de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, foi a própria mãe da criança, a estudante, F.F.G, 29, que a atirou pela janela. Com a chegada dos bombeiros dentro do apartamento, a mãe pulou da janela
As duas foram levadas para o Hospital das Clínicas. Segundo a instituição, a mãe está em estado grave e teve múltiplas fraturas. Já a menina está estável e, segundo a PM, foi socorrida apenas com escoriações. F.F.G.foi indiciada por tentativa de homicídio.
Agili entrava na garagem do prédio, que fica na avenida Corifeu de Azevedo Marques, quando a menina caiu sobre o para-brisa do veículo. Ele voltava do supermercado com a mulher Nadia Macedo, que é cadeirante.
"Graças a Deus a menininha está bem. Na hora você não imagina que pode ser uma criança, só ouvimos um estrondo forte. Foi um susto muito grande. Se a gente tivesse entrado um minuto antes ou depois e ela não tivesse batido no carro, acho que não teria sobrevivido", afirmou Agili ao UOL.
O motorista disse acreditar que a menina dormia quando foi jogada porque estava enrolada num cobertor. Ela caiu sobre o para-brisa e, em seguida, foi ao chão.
Segundo ele, a criança se levantou rapidamente e começou a chorar. "Acho que ela não fazia ideia do que tinha acabado de acontecer", afirmou.
Enquanto sua mulher tentava tranquilizar a criança, Agili conversava com a mãe, que estava na janela do apartamento e ameaçava se jogar.
"Ela estava em surto, não falava coisa com coisa, dizia que queria ver a filha. Eu falava para ela não se jogar e tirei o carro do lugar para que, se ela caísse, não atingisse a minha esposa e a menina".
"Você vê o carro, com o para-brisa todo quebrado, a lataria amassada e não acredita que ela saiu bem dessa situação", disse Agili.
A mulher de Agili contou que a criança estava assustada e que usou um celular para acalmá-la.
"Não imaginávamos que era uma criança. Quando ela se levantou do chão veio correndo em direção ao carro, aí coloquei ela no meu colo. Ela estava um pouco assustada, então, coloquei desenhos no celular para tentar acalmá-la", contou Nadia, que trabalha como consultora de RH e ficou com a menina até a chegada dos bombeiros.
O casal mora no 4º andar do prédio, abaixo do apartamento onde mãe e filha moravam há cerca de dois meses, mas disse que não as conheciam.
"Eu não costumo ir ao supermercado tão tarde. Foi Deus que fez a gente estar ali", declarou Nadia.
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