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Polícia detona explosivo em local onde estava corpo carbonizado de mulher

Aline Silva Dantas sumiu de casa depois de ir à farmácia comprar fraldas para a filha - Reprodução
Aline Silva Dantas sumiu de casa depois de ir à farmácia comprar fraldas para a filha Imagem: Reprodução

Wagner Carvalho

Colaboração para o UOL, em Bauru

13/09/2019 12h02

A equipe de investigação responsável por encontrar respostas para o crime que vitimou Aline Silva Dantas, 19, moradora de Alumínio (a 80 km de São Paulo), foi surpreendida na tarde de ontem com uma denúncia anônima informando a existência de um explosivo no local onde o corpo da jovem foi encontrado, no dia anterior, parcialmente carbonizado.

Policiais civis e militares e bombeiros se deslocaram para o local, uma área de mata fechada onde o artefato foi localizado.

De acordo com informações da delegada Luciane Bachir, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) Botucatu, tratava-se de um artefato do tipo banana de dinamite, bastante utilizado em detonações nas pedreiras. "Posso afirmar com a mais alta certeza que este artefato não estava no local nos dias anteriores, porque foi feita uma varredura em toda a área, mas nada havia lá", afirmou.

Para a delegada, esse explosivo foi deixado ali depois depois que o corpo de Aline Dantas foi encontrado, na noite de quarta-feira (11).

A área foi isolada, e uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Capital Paulista foi solicitada para auxiliar as investigações.

A equipe chegou no local por volta das 21h e cerca de 60 minutos depois, o artefato foi detonado com segurança. De acordo com os policiais que integram a equipe de investigação, foram recolhidos no local uma camiseta preta e uma sacola plástica da mesma cor, que serão entregues para a pericia.

Como a detonação do artefato foi feita de forma correta pelo Gate, a cena do crime foi preservada e não foi prejudicada.

A delegada afirmou que ainda não tem pistas de quem tenha deixado o explosivo no local do crime. Segundo ela, não foi encontrado um detonador ou algo parecido. De acordo um integrante da investigação, ficou clara a intenção de quem deixou o artefato no local era de desviar o foco das investigações.

A polícia segue nesta sexta-feira (13) com as diligências e ouvindo testemunhas.

O caso

Aline Silva Dantas desapareceu no domingo (8) após sair de casa, por volta das 16h, para ir até uma farmácia comprar fraldas para filha na cidade de Alumínio. Na farmácia a jovem tentou comprar o pacote de fraldas com o cartão corporativo do marido, mas a transação foi recusada. O farmacêutico que atendeu a jovem afirmou que o cartão está suspenso. Neide Dantas, tia de Aline, contou que cartão foi recusado porque a empresa cancelou o benefício de João Vitor, pois ele havia sido demitido na quarta-feira (4).

Na última terça-feira (10), o pai de Aline disse que o casal, que tem uma filha de 1 ano e 9 meses, passava por dificuldades financeiras. Sem dinheiro, os dois contavam com a ajuda de amigos da igreja frequentada por eles.

Logo após sair da farmácia, Aline foi flagrada por câmeras de vigilância, numa praça em frente à farmácia e passando por uma rua que seria o caminho que ela faria para retornar para casa.