Mulher é presa suspeita de atropelar e matar marido empresário em SP
A comerciante Beatriz Olivato, 57, entregou-se à polícia por volta das 14h30 de hoje e foi presa suspeita de atropelar e matar o marido Fernando Azevedo Olivato, 55, em 1º de setembro, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado. A defesa irá pedir a revogação da prisão por considerar que a morte foi um acidente.
De acordo com a polícia, o casal discutiu no apartamento em 1º de setembro. Após a briga, a mulher deixou o imóvel e seguiu para o carro, que estava estacionado na rua. Durante esse trajeto, ela foi abordada pelo marido, que se aproximou da porta do passageiro.
A vítima conversou rapidamente e estava se dirigindo para a porta do motorista, quando Beatriz arrancou com o carro e atropelou o marido, que caiu e ficou imóvel no asfalto. Câmeras de segurança mostraram o momento do atropelamento. A motorista deixou o local sem prestar socorro.
Quando notaram o corpo do empresário imóvel, testemunhas acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou ao local poucos minutos depois. Não houve, entretanto, chance de atendimento, já que Olivato morreu na hora. Beatriz chegou a retornar ao local, sem se identificar, contudo, como mulher da vítima, o que só ocorreu depois que recebeu a indicação que havia câmeras de segurança na região.
A polícia informou que o casal tinha constantes atritos. "Horas antes, a PM atendeu o casal no apartamento dele, mas pelas imagens, nota-se que, na hora do atropelamento, o homem calmamente vai até o carro da esposa", afirmou o delegado José Meirelles, responsável pelas investigações.
Na visão do delegado, o vídeo deixa clara a intenção do atropelamento. "Ele não tinha um objeto que pudesse ameaçá-la de forma imediata. Quando ele se posta de frente no veículo, sem qualquer meio de defesa, de maneira impiedosa, ela liga o carro e acelera. Ele dá de seis a oito passos traseiros. Ou seja, ele foi empurrado por ela", relatou.
Ainda de acordo com o delegado, a mulher retornou ao local após dar uma volta no quarteirão. Ao chegar, vizinhos já estavam ao redor da vítima, mas ela não teria se identificado. "Ela só se identificou como mulher quando falaram que havia câmeras de segurança", disse.
Para o advogado Carlos Marcelo Rocha Mesquita, que representa a mulher, a defesa irá apresentar um pedido de revogação da prisão temporária. Carlos Macedo alegou que o ocorrido não pode ser qualificado como homicídio doloso. "Foi homicídio culposo sem intenção de matar, uma grande fatalidade", apontou.
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