MC carioca é preso em baile funk por tráfico e apologia ao crime em MT
A Polícia Militar prendeu na madrugada de ontem (28) o MC Poze do Rodo, do Rio de Janeiro, em um baile funk na cidade de Sorriso, em Mato Grosso e a 398 quilômetros de distância da capital Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, Marlon Brendo Coelho Couto Silva, de 20 anos, foi detido por tráfico de drogas, associação ao tráfico, incitação ao crime, apologia ao crime, corrupção de menores e fornecer bebida alcoólica a menores. Além dele, outras três pessoas também foram presas pelos mesmos crimes.
Uma operação foi montada após a polícia receber uma denúncia de que o local era ponto de venda de drogas e que havia adolescentes consumindo entorpecentes e bebidas alcoólicas. Segundo a Polícia Militar, o MC e os outros três presos seriam os promotores da festa, que teria sido promovida por uma organização criminosa. Conselheiros tutelares foram até o local com os policiais e encontraram 42 menores, ainda segundo o boletim de ocorrência.
Conforme a Polícia Civil, o MC e outro organizador conseguiram deixar a festa no momento da abordagem, mas acabaram presos em um hotel da cidade. Com o músico, foi apreendido uma porção de drogas e frascos de lança-perfume. Os outros presos são João Marcelo Alvarenga da Lastra, de 20 anos, Fabio de Freitas Fonseca, de 40 anos, Juliano Rogério Camargo dos Santos, de 30 anos.
Os quatro foram levados para a delegacia e ficaram em silêncio, de acordo com a PC. Em seguida, foram levados para o Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS), em Sorriso, onde seguem detidos.
Defesa nega que houve crime
O advogado do MC, Jose Estevem Macedo Lima, pretende entrar com pedido de liberdade provisória durante a audiência de custódia que deve ocorrer amanhã (30). Caso seja negado, ingressará com um habeas corpus. Entre os argumentos que serão apresentados estão: o MC tem residência fixa, não tem antecedentes criminais e tem trabalho conhecido.
Para o UOL, Lima nega que o MC era um dos organizadores e que praticou os crimes apontados pela polícia. "Ele foi contratado para participar do evento. Ele não cometeu nenhum desses fatos, não fez apologia a nenhum crime, não corrompeu menores e, uma vez que não era organizador do evento, não colocou à venda bebida para menores", salienta o advogado.
Um assistente de Lima já está em Mato Grosso acompanhando a situação.
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