Milicianos fazem "gatos" de luz no Rio e cobram de moradores, diz jornal
Grupos de milicianos instalaram uma rede clandestina de energia -os chamados "gatos" de luz— em um condomínio construído de forma irregular em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Uma "taxa de consumo" é incluída no aluguel dos empreendimentos imobiliários ou mesmo imposta a toda uma região. As informações são do jornal O Globo.
Segundo o jornal, denúncias de empresas e moradores relatadas ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) apontam que milicianos vêm praticando furtos de energia principalmente nas regiões da Baixada Fluminense e na zona oeste do Rio.
A reportagem diz ainda que a Light, empresa que distribui energia elétrica na capital e em outras regiões, estima que deixa de arrecadar R$ 800 milhões por ano em áreas onde há atuação de milícias ou do tráfico, que impedem a atuação da companhia.
Nessas regiões, segundo a Light, 73% da energia distribuída é furtada. Nas demais áreas, o índice é de aproximadamente 10%.
"Com milicianos não se consegue acordo. Aquilo ali [os furtos de energia] é lucro certo para eles. Nessas áreas, só se vende uma marca de cerveja ou de gás. É tudo loteado, e o criminoso recebe uma mensalidade por isso", disse Dalmer de Souza, diretor comercial da Light, ao jornal O Globo.
"Em comunidades em que a energia não é o negócio dos milicianos, até conseguimos ir. Em outras, não. Em Curicica, por exemplo, nós não entramos ou, quando vamos, eles marcam [com pintura nos postes] onde não podemos mexer", completou.
Segundo o diretor, no condomínio irregular de Belford Roxo, as ligações clandestinas de luz foram feitas com cabos roubados da própria Light.
O jornal ainda cita casos de cobrança de taxa por "gatos" de internet, de TV a cabo e de gás. Segundo a Polícia Civil, a Draco-IE (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e de Inquéritos Policiais) investiga, sob sigilo, a atuação das milícias.
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