Anistia Internacional critica falta de transparência no caso Marielle
A Anistia Internacional no Brasil divulgou uma nota neste domingo (9) onde critica a falta de transparência nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista Anderson Gomes. O crime aconteceu em 2018 e até agora foi parcialmente solucionado pela polícia.
"Na manhã deste domingo, notícias sobre a morte do ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega estabeleciam conexão entre ele e a morte da defensora de direitos humanos Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes", diz a nota divulgada pela ONG de direitos humanos.
Neste domingo, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que o miliciano foi morto pela manhã durante uma operação polícial em um sítio onde ele estava escondido na área rural de Esplanada, município de 37 mil habitantes a 160 km de Salvador.
"Diante dessas informações, a Anistia Internacional afirma: Ao longo destes quase dois anos de investigação sobre a morte de Marielle e Anderson, temos exigido transparência por parte das autoridades. Ela é fundamental para que a sociedade brasileira tenha plena confiança em seus esforços para esclarecer estes cruéis assassinatos", afirma a entidade.
"As informações que circulam hoje, assim como os intensos vazamentos ocorridos especialmente a partir de outubro do ano passado, apenas enviam um recado: de que as autoridades estão presas num labirinto de dúvidas, e não conseguem sair. Os acontecimentos relacionados às investigações suscitam mais perguntas do que respostas, o que é muito grave", diz a nota.
A Anistia Internacional ressalta que "já são quase dois anos que o mundo inteiro olha atentamente para o Brasil, esperando por respostas consistentes".
"Quanto tempo mais será preciso? Compreendemos a necessidade de sigilo, mas lembramos que ele não pode ser confundido com falta de transparência. Esta é a obrigação das autoridades brasileiras. Garantir justiça para Marielle é garantir os direitos de todos os defensores e todas as defensoras de direitos humanos fazerem seu trabalho com dignidade e segurança, defendendo uma sociedade mais justa", encerra o comunicado.
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