Justiça leiloa objetos de luxo de hacker suspeito de desviar R$ 400 mi
Resumo da notícia
- Justiça vai leiloar bens de acusado de fraudes bancárias estimadas em R$ 400 mi
- Ele fez um acordo em que trocou bens apreendidos por prisão domiciliar
- Entre os bens leiloados está um relógio de ouro avaliado em R$ 120 mil
- Defesa diz que ele é inocente
A Justiça de São Paulo vai leiloar quase 100 itens de luxo que pertenceram a Pablo Henrique Borges e sua mulher, a modelo Marcella Portugal, revelou a edição de hoje do programa Fantástico, da TV Globo.
Borges foi preso em outubro de 2018 pela Polícia Civil de São Paulo na Operação Ostentação.
Ele é acusado de liderar uma quadrilha de hackers suspeita de desviar R$ 400 milhões por meio de golpes na internet em que capturavam informações de correntistas e usuários de cartões de crédito.
Entre os bens leiloados estão um relógio de luxo de ouro 18 quilates avaliado em R$ 120 mil e uma bolsa de grife cujo preço de mercado é R$ 100 mil. Lances podem ser dados em um site especializado até o próximo dia 27.
A Justiça planeja leiloar o iate em nome do acusado, que está ancorado em Angra dos Reis.
Ostentação na internet
Antes de ser preso, Borges e a sua hoje esposa, Marcella, ostentavam na internet com o dinheiro que a polícia afirma ter sido obtido através de crimes.
A reportagem mostrou vídeos dos dois na Europa, no Principado de Mônaco, num iate, e em Paris, gastando com objetos de luxo e restaurantes caros.
Acordo
Depois de preso, Borges fez um acordo com o Ministério Público de São Paulo que converteu sua prisão preventiva em domiciliar.
Em troca, o acusado aceitou colaborar com as investigações da Polícia Civil e abrir mão dos bens que agora estão sendo leiloados.
Segundo a Justiça, os bens estão sendo vendidos antes do fim do processo para evitar que percam valor.
Reviravolta
De acordo com a reportagem do Fantástico, o caso pode ter uma reviravolta. O MP quer revogar a delação e o fim dos benefícios.
Já a defesa de Borges, liderada pelo criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, quer a suspensão do leilão e também quer a revogação da delação.
Segundo o advogado, o processo deveria tramitar na Justiça Federal, uma vez que se trata de lavagem de dinheiro internacional. Kakay afirma que Borges é um empresário da internet e que ele é inocente.
Kakay também critica o fato de bens que eram usados por Marcela estejam indo a leilão. A modelo não é ré no processo. "Como podem leiloar um bem dela se ela não é acusada?", disse o advogado.
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