Bombeiro é suspeito de colocar câmera em banheiro feminino de aeroporto
A Polícia Civil de Campinas (SP), a 100 km da capital, indiciou um bombeiro civil que teria colocado uma microcâmera escondida dentro de um banheiro feminino.
A reportagem apurou que a câmera foi escondida em um par de botas e estava apontada para o chuveiro e o vaso sanitário. A apreensão do item aconteceu em janeiro, e desde então o caso é investigado. Por seguir em sigilo, a informação só vazou agora.
O suspeito foi identificado porque teria deixado algumas fotos no aparelho, além de outras imagens de mulheres que foram flagradas tomando banho.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), o inquérito é comandado pela 4ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur).
"A 4ª Deatur instaurou inquérito policial que tramita em segredo de Justiça. O autor foi identificado e formalmente indiciado. Em (operação de) busca e apreensão foram apreendidos diversos eletrônicos, que foram encaminhados para perícia e, assim que finalizados, os laudos serão anexados ao Inquérito Policial", diz comunicado enviado ao UOL.
A Aeroportos Brasil, empresa responsável pela administração do terminal de Campinas, informou, por meio de nota, que o colaborador trabalhava para uma empresa terceirizada e também era socorrista. Ele foi demitido assim que o caso veio à tona.
"O homem prestava serviços como socorrista contratado por empresa terceirizada prestadora de serviços no ambulatório onde supostamente praticou os atos sob investigação. A empresa terceirizada registrou boletim de ocorrência contra o suspeito, a concessionária acompanha o caso e está à disposição das autoridades para colaborar no inquérito, que corre sob segredo de Justiça, segundo informou a Polícia Civil", complementa a concessionária.
O bombeiro vai responder pelo crime de "registro não autorizado da intimidade sexual", previsto no artigo 216-B do Código Penal Brasileiro. "Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes". O crime prevê pena de detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
A empresa que contratou o homem não foi encontrada pelo UOL para comentar o assunto.
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