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Justiça proíbe Suzane Von Richthofen de frequentar aulas na faculdade

Marcelo Goncalves/Sigmapress
Imagem: Marcelo Goncalves/Sigmapress

Do UOL, em São Paulo

28/02/2020 12h06Atualizada em 01/03/2020 10h52

A Justiça indeferiu o pedido de Suzane Von Richthofen para frequentar as aulas do curso de Gestão do Turismo, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) em Campos do Jordão (SP).

A decisão da juíza Dra. Wânia Regina Gonçalves da Cunha leva em consideração o fato de que os condenados em regime semi-aberto somente podem frequentar cursos profissionalizantes ou superiores se eles estiverem disponíveis na mesma comarca em que fica o presídio. Suzane hoje cumpre pena na penitenciária de Tremembé (SP).

O UOL procurou a defesa de Suzane Von Richthofen, mas ninguém se pronunciou uma vez que o processo corre em segredo de justiça.

Aprovada em 8º lugar pelo SISU

Suzane passou para o curso de Gestão de Turismo na oitava colocação, por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), com a nota 608,42.

Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, se matriculou na faculdade, mas não compareceu aos 10 primeiros dias letivos. Ela fez a matrícula por procuração e aguardava a decisão da Justiça para que pudesse frequentar as aulas.

As aulas do curso de Gestão de Turismo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) em Campos do Jordão (SP) começaram no último dia 5 e as regras da instituição taxam como desistente o aluno que não frequentar os 10 primeiros dias letivos sem apresentar justificativa comprovada.

Há 5 anos ela ganhou o direito de cumprir a sentença no regime semiaberto. Nesse tipo de cumprimento de pena, a pessoa pode trabalhar e fazer cursos fora da prisão durante o dia, mas deve retornar à unidade penitenciária à noite.

Além disso, o detento tem o benefício de reduzir o tempo de pena através do trabalho: um dia de pena a menos para cada três dias trabalhados.

Em 2017, Suzane desistiu de curso pelo Fies

Há cerca de três anos, Suzane foi aprovada pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) a uma vaga em administração, mas desistiu de cursá-la. O Fies também usa a nota do Enem e concede financiamento para cursos em instituições particulares. Suzane havia conseguido financiamento para o curso de administração na faculdade Dehoniana, instituição católica particular em Taubaté (SP), a cerca de 20 km de Tremembé.

A faculdade, no entanto, disse não ter recebido a matrícula de Suzane. O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão responsável pelo Fies, confirmou que ela presa perdeu o prazo e que a vaga acabou sendo disponibilizada para candidatos aprovados em lista de espera.

Livro conta a vida de Suzane von Richthofen na prisão

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