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Dono de creche suspeito de ter estuprado menina de dois anos é preso no RS

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, de Porto Alegre

13/06/2020 12h42

O dono de uma creche foi preso na noite de ontem por suspeita de ter estuprado uma menina de dois anos, em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre. O homem, de 60 anos, não atuava como professor, mas frequentava o local e interagia com as crianças. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança registrou a ocorrência em 30 de janeiro, após perceber mudanças de humor e no comportamento na menina e notar vermelhidão nas partes íntimas dela. A criança foi levada a um posto de saúde, onde relatou ter sofrido abuso.

Na delegacia, o homem negou as acusações, de acordo com o delegado responsável pela investigação, Maurício Barison. Segundo ele, o homem já foi condenado por outro estupro, também envolvendo uma criança.

Barison contou que as mudanças no comportamento da criança começaram poucos dias após ela ter começado a frequentar a creche.

O inquérito correu em sigilo, e os nomes do suspeito e da creche não foram divulgados. Entretanto, pais e moradores da cidade acabaram tomando conhecido do caso e passaram a ameaçar o dono da creche. "Algumas pessoas chegaram a jogar pedras em direção à creche", contou o delegado. Barison disse que a prisão preventiva foi necessária porque as demais crianças na creche corriam risco.

Mulher foi indiciada por omissão

A mulher do homem preso, também dona da creche, foi indiciada por estupro de vulnerável por ter sido omissa, segundo o delegado. "Como esposa e tendo contato com as crianças e conhecimento dos fatos, ela tinha a obrigação de garantir o bem-estar da criança", disse. A mulher não foi presa.

Questionado sobre a demora para a conclusão do inquérito, o delegado disse que a investigação dependia de laudos periciais e que foi trabalhosa por envolver o testemunho de uma criança de dois anos. "Foi um inquérito muito difícil de se fazer. A vítima tem apenas dois anos de idade. Tem que ter muito cuidado para pegar depoimento, tem que ser no ritmo da criança", afirmou.