Menino de 7 anos morre após ser baleado enquanto brincava na porta de casa
Uma criança de 7 anos morreu, na noite de ontem, após ser baleado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ítalo Augusto estava brincando na porta de casa, na Rua Ceci, no bairro do Éden, quando foi atingido por um disparo. Ele chegou a ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro, mas chegou sem vida na unidade.
De acordo com o Rio da Paz, ao menos sete crianças morreram neste ano no Rio de Janeiro atingidas por armas de fogo. Um dos casos de maior repercussão foi o de João Pedro Matos, 14, morto em 18 de maio após operação policial no complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Em entrevista ao UOL, Fabio Luiz Correa, primo de Ítalo, disse que o menino brincava com outras seis crianças quando foi atingido na testa.
"Estavam no portão, tinha um carro da polícia parado mais longe e passou uma moto dando tiros, mas estavam longe, nem sei como esse tiro alcançou ele", lamentou.
Beatriz Castro, irmã de Ítalo, usou a internet para lamentar a morte da criança. "A vida é muito injusta. Cara, ele só tinha 7 anos e partir dessa forma", disse.
"Poxa, irmão! Eu te amava tanto, você era como filho para mim. Além de irmã, eu era sua madrinha. Eu não quero acreditar que você morreu dessa forma. Eu não aceito", lamentou.
"Minha vida acabou", desabafou Beatriz em diversas postagens nas redes sociais.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que equipes da corporação estavam em patrulhamento na região quando foram atacadas por tiros. "O ocupante de uma motocicleta atirou contra os policiais e fugiu em seguida", explicou.
A corporação informou que os policiais não revidaram os disparos e o carro em que estavam chegou a ser perfurado na ação.
"Ao cessar a situação, foi informado que uma criança havia sido ferida. Os policiais apoiaram o socorro, que estava sendo feito pelas pessoas do local. Na unidade de saúde, infelizmente, o menino faleceu. A ocorrência foi encaminhada para registro na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense", informou a Polícia Militar através de nota.
Segundo a tia-avó do menino, Jurema da Silva, a região onde Italo foi baleado é um local tranquilo. Ela também confirmou que a PM não revidou os disparos.
"Ele foi atingido, caiu no chão. Minha sobrinha chegou a falar: 'Italo, levanta!' Depois ela viu o sangue escorrendo e começou a gritar. Era uma criança que quase não saia de casa. Ia para a igreja com a família. Um garoto que adora dançar. Difícil acreditar que isso aconteceu. A polícia tava parada. Não vamos botar a culpa na polícia. Não fizeram nada. Estou com medo da minha sobrinha fazer loucura. A gente vai ter que ficar agarrado nela."
Procurada, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte do menino e que uma perícia já foi realizada e testemunhas ouvidas.
A DHBF apura ainda se a morte de um homem em Mesquita, cidade vizinha, também na Baixada Fluminense, tem envolvimento com a ocorrência. De acordo com depoimentos, o homem morto seria o responsável pelos disparos que atingiram a criança.
"Nenhuma linha de investigação é descartada", informou a DHBF.
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