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Depoimento de Queiroz indica que investigações devem seguir, diz procurador

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está preso desde 18 de junho em Bangu 8, no Rio de Janeiro - Reprodução
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está preso desde 18 de junho em Bangu 8, no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

02/07/2020 21h03Atualizada em 02/07/2020 21h36

O procurador da República Eduardo Benones, do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF/RJ (Ministério Público Federal), disse hoje ao UOL que o depoimento de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), indica que as investigações sobre um suposto vazamento da Operação Furna da Onça devem continuar.

O depoimento de Queiroz durou duas horas e 30 minutos e é o segundo desde que o ex-assessor foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, na casa de Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio. O primeiro aconteceu na última segunda-feira (29), quando Queiroz foi ouvido pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que também apura as suspeitas de vazamento.

O conteúdo do depoimento não foi revelado, mas é provável que as perguntas a Queiroz tenham girado em torno da movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária revelada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

É investigado se Queiroz e Flávio Bolsonaro, então deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), se beneficiaram de um esquema de "rachadinha" com parte dos salários de servidores e funcionários do gabinete de Flávio.

As acusações de que o ex-assessor recebeu informações antecipadas sobre a Furna da Onça foram feitas pelo empresário Paulo Marinho, em entrevista à colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo. Segundo Marinho, esse suposto vazamento teria possibilitado que Flávio exonerasse Queiroz para não ser comprometido.

O ex-assessor está preso desde 18 de junho em Bangu 8, no Rio de Janeiro.