Coronavírus: Cuiabá amplia toque de recolher e impõe rodízio de veículos
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou ontem que vai ampliar e estender o toque de recolher na cidade, além de impor um rodízio de veículos de acordo com a placa.
As medidas são uma tentativa de conter o aumento de casos de covid-19 na cidade. De 1º de junho até ontem, os casos oficiais de cuiabanos saltaram de 795 para 4.342 (alta de 446,16%), de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. O número de mortes subiu de 11 para 206 (alta de 1.772,73%) no mesmo período.
O toque de recolher, que já estava em vigor desde o mês passado, foi prorrogado até 20 de julho. A partir de hoje, as pessoas estão proibidas de circular nas ruas entre 20h e 5h. Antes, o horário de restrição ia das 22h30 à 5h.
Estão liberados do toque de recolher trabalhadores de serviços considerados essenciais, como:
- hospitais e clínicas médicas em regime de urgência e emergência
- clínicas veterinárias e odontológicas
- farmácias
- supermercados
- funerárias e serviços relacionados
- serviço de segurança pública e privada
- profissionais da área fim da Saúde desde que em efetivo serviço
- servidores públicos municipais das áreas de fiscalização durante o exercício da função
- serviços de delivery
Para os trabalhadores dessas áreas, o horário limite para circulação é até a meia-noite.
A população fica autorizada a se locomover no horário do toque de recolher apenas para acessar os serviços essenciais, desde que comprovada a necessidade e, preferencialmente, sem acompanhante.
Também é permitida a circulação de pessoas que estão se dirigindo ou retornando de viagens oriundas do Terminal Rodoviário de Cuiabá, Terminal Rodoviário de Várzea Grande e/ou Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
Rodízio de veículos
A partir da próxima segunda-feira (6) até 20 de julho, a cidade terá rodízio de veículos todos os dias, exceto domingos e feriados.
O rodízio será dividido em veículos com placas ímpares e pares, da seguinte forma:
- Veículos com placas final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9) poderão circular nos dias ímpares do mês
- Veículos com placas final par (0, 2, 4, 6 e 8) trafegarão nos dias pares do mês
O rodízio não se aplicará aos veículos oficiais devidamente identificados, como:
- ambulâncias
- veículos utilizados nos serviços funerários
- veículos utilizados para entrega de produtos via sistema delivery, devidamente identificados
- veículos utilizados no transporte público coletivo municipal
- táxis e veículos de aplicativos, devidamente credenciados e identificados
Atendimento por CPF em bancos e supermercados
O prefeito ainda anunciou que atendimento presencial nos bancos, lotéricas, supermercados e distribuidoras de bebidas também seguirá um rodízio de acordo com o último algarismo do CPF das pessoas.
Entre 6 e 20 de julho, o atendimento nesses estabelecimentos passa a ser feito da seguinte forma:
- Segundas-feiras - somente quem tiver CPF terminado em 0,1,2,3 e 4
- Terças-feiras - somente quem tiver CPF terminado em 5,6,7,8 e 9
- Quartas-feiras - somente quem tiver CPF terminado em 0,1,2,3 e 4
- Quintas-feiras - somente quem tiver CPF terminado em 5,6,7,8 e 9
- Sextas-feiras - somente quem tiver CPF terminado em 0,1,2,3 e 4
- Sábados - somente quem tiver CPF terminado em 5,6,7,8 e 9
- Domingos - acesso liberado para todos
Será obrigatória a apresentação de documento com o número de CPF na entrada desses estabelecimentos.
Além disso, essas atividades deverão reservar a primeira hora de atendimento exclusivamente para idosos e demais pessoas integrantes do grupo de risco. Está proibido o acesso de crianças nesses locais.
Prefeitos paralisaram comércio na hora errada, diz governador
O governado do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que o aumento dos casos registrados no estado se deve ao baixo nível de distanciamento social, principalmente após algumas cidades reabrirem o comércio à população.
Em entrevista ao canal GloboNews, Mendes disse que alguns prefeitos se precipitaram no início da pandemia ao determinarem o fechamento do comércio quando o número de casos era pequeno.
"Lá no início da pandemia, quando nós tivemos o primeiro caso, alguns prefeitos se precipitaram e decretaram paralisação do comércio. Isso causou muito transtorno num momento em que não precisava, porque nós tínhamos apenas um ou dois casos e as UTIs estavam vazias", declarou.
Segundo ele, neste momento em que o distanciamento social é necessário para frear o avanço do vírus, existe uma resistência de alguns prefeitos em adotar as medidas adequadas e da população em seguir as recomendações.
"Em função disso, nós lamentamos, mas houve um crescimento [da doença] e, consequentemente, no número de mortes", afirmou.
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