Igreja sofre assalto e padre pede ajuda em live de missa: 'Manda a polícia'
Um assalto interrompeu uma missa que estava sendo transmitida pela internet a mais de 20 pessoas na noite de ontem. Dois homens entraram na Paróquia São José Operário em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e tomaram dois celulares e a chave de um carro. Ninguém ficou ferido.
O padre Ramiro Mincato rezava o evangelho quando viu um dos homens tomar o celular da secretária da paróquia e o outro indicar que estaria armado. Na live, o religioso para de falar subitamente após fazer o sinal da cruz e já diz: "Toca, toca o alarme". Em seguida, o religioso afirma "tem a polícia aqui fora" e pede ajuda para os internautas: "Pessoal, manda a polícia aqui para a igreja que estamos sendo assaltados durante a missa". Na sequência, a transmissão é interrompida.
Ao UOL, o padre contou que um dos criminosos tentou tomar o computador que estava sendo usado para a transmissão. "Ele puxou o notebook e eu puxei de volta e ele não conseguiu levar". Após 35 segundos, Mincato reabre o aparelho e explica o ocorrido. "Então pessoal, perdoem, mas nós fomos assaltados durante a missa". Após o susto, a missa foi retomada.
O religioso contou ao UOL que inicialmente não entendeu muito bem o que estava acontecendo. "Parecia que eu estava anestesiado. Depois deu uma sensação de culpa pois não me dei conta antes (que era um assalto)." Quando a dupla entrou na igreja, passados 10 minutos da missa, ele imaginava que fossem pedintes ou moradores de rua. O padre também disse que não conseguiu reconhecer os assaltantes pois eles usavam máscaras.
Além do padre, havia cinco pessoas na igreja: duas secretárias da paróquia e três fiéis. Apesar da chave do carro ter sido levada, o veículo não foi roubado. Um dos celulares é de uma secretária da igreja e outro de uma fiel. Após o crime, o padre pretende antecipar a missa das 19h para as 15h e manter a porta da paróquia trancada.
O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo. Conforme o delegado Marcelo Kaner, o padre e as vítimas já foram ouvidas. Agora a polícia vai analisar imagens de câmera de segurança para chegar na identificação dos suspeitos. "Vamos submeter a reconhecimento os indivíduos que aparecem nas imagens e outros ao banco de dados. Esses que praticaram o crime não são conhecidos nossos", observa o delegado.
Até o início da tarde de hoje, a dupla segue solta.
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