RJ: Mortes cometidas por policiais caem 76% após STF proibir operações
O número de mortes cometidas por policiais caiu cerca de 76% desde que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu, no dia de 5 de junho, operações policiais em favelas durante a pandemia de coronavírus no Rio de Janeiro. Os dados são do ISP (Instituto da Segurança Pública), e o índice é uma comparação entre junho de julho de 2019 e o mesmo período em 2020.
O instituto mostra em sua plataforma online que, em 2019, o número de mortes após ação de policiais foi de 153 em junho e de 195 em julho. Neste ano, o índice para os meses correspondentes foi de 34 e 50 óbitos. No total para o período, a queda foi de 348 para 84, o equivalente a 76% de redução.
A decisão do ministro Luiz Fachin, do STF, em proibir as operações foi tomada em 5 de junho, motivada por uma ação apresentada pelo PSB e construída em parceria com a Defensoria fluminense. Deu-se 18 dias depois do menino João Pedro, de 14 anos, ter sido morto dentro de casa durante uma operação policial em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. O plenário do STF ratificou a decisão neste mês.
Em maio, antes de proibição, o índice de mortes cometidas por policiais já havia mostrado redução em relação a 2019, mas em menor proporção: de 172 para 120 (redução de 25%).
Na comparação anual, até o momento a variação é de - 23,6%, com 825 mortes nestas circunstâncias registradas desde janeiro. No mesmo período de 2019, o número era de 1.080.
No começo deste mês, um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF) já apontava queda de 70% no número de mortes decorrentes de incursões nas comunidades na região metropolitana, além de reduções significativas nos registros de crimes contra a vida (48%) e contra o patrimônio (40%).
De acordo com este, houve redução de 78% nas operações policiais nas favelas no período de um mês desde a decisão de Fachin.
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