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Polícia prende dono de canil clandestino em SP enquadrado em nova lei

O suspeito cortava o rabo dos filhotes com uma tesoura - Divulgação/Polícia Civil-SP
O suspeito cortava o rabo dos filhotes com uma tesoura Imagem: Divulgação/Polícia Civil-SP

Colaboração para o UOL

Em Lençóis (BA)

02/10/2020 11h10

A Polícia Civil prendeu ontem o proprietário de um canil clandestino com cães da raça Pinscher na zona sul de São Paulo, com base na nova lei federal de maus tratos de animais, que prevê penas de 2 a 5 anos de detenção.

Segundo os policiais, o suspeito cortava o rabo dos filhotes com uma tesoura, procedimento conhecido como caudectomia, o que é proibido por lei. Ele também fazia cruzamentos entre mãe e filhotes para a procriação. Um médico veterinário foi acionado para constatar os maus-tratos.

A polícia informou que o canil estava em péssimas condições de higiene, sendo impróprio para os animais. Os cães permaneciam no galinheiro, com fezes em todos locais, e a alimentação estava em situação deplorável, segundo os policiais.

O flagrante foi feito pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), da Polícia Civil de São Paulo. O preso foi autuado na 2ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Infrações de Maus Tratos a Animais e Demais Infrações Contra o Meio Ambiente.

Nova lei

A Lei Sansão entrou em vigor na última terça-feira (29). Pela legislação anterior, era prevista a detenção de três meses a um ano, além de multa. Com a nova lei, quando se tratar de cão ou gato, a pena será de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição da guarda do animal doméstico.