Dono de cão que inspirou PL sobre maus-tratos espera que caso seja exemplo
Nathan Braga, tutor do cão Sansão, que inspirou o projeto de lei que aumenta pena para maus tratos contra animais, espera que as agressões sofridas por seu pitbull sirvam de exemplo para que outros bichos não sofram da mesma forma.
Sansão foi agredido e teve as duas patas traseiras decepadas em julho, depois de fugir de casa e entrar em um terreno vizinho. À CNN, Nathan Braga disse que a família comemorou a aprovação pelo Senado, ontem, e espera que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancione a proposta, apelidada de Lei Sansão.
O agressor do Sansão saiu pela porta da frente da delegacia. É muito triste, revoltante, pensar que pessoas têm esse tipo de comportamento com um cão tão dócil", criticou. "Agora é aguardar a sanção, espero que dê certo, e que a história do Sansão, assim como o caso da cadela Machinha, sirva de exemplo".
O dono de Sansão contou que o cão hoje usa cadeira de rodas, já que perdeu as patas traseiras, e passa por sessões de fisioterapia para se adaptar à nova realidade. O comportamento dele também é acompanhado por profissionais; "foi um trauma muito grande", comenta.
Presidente fará enquete
Em sua live semanal de ontem, Bolsonaro questionou o projeto de lei, que aumenta a pena para agressores de animais para até 5 anos de reclusão, e disse que fará uma "enquete" para que a população decida se ele deve ou não sancionar o texto.
"Dá para você entender o que são dois anos de cadeia porque uma pessoa maltratou um cachorro? A pessoa tem que ter uma punição, mas dois anos... Dois a cinco anos", comentou Bolsonaro.
"O que eu pretendo fazer: vou colocar no meu Facebook o texto da lei, para o pessoal fazer comentários. Só deixo avisado: quem for para a baixaria é banimento. Pode reclamar, a pena é excessiva, é grande, tem que sancionar, tem que vetar. Porque não é fácil tomar uma decisão como essa daí", disse o presidente.
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