Carrefour ainda não me deu nenhum suporte, diz mulher de homem negro morto
A família de João Alberto Silveira Freitas, homem negro morto após ser agredido por dois seguranças do Carrefour, ainda não recebeu nenhum suporte da empresa. A informação foi confirmada por Milena Borges Alves, esposa de Freitas, em entrevista hoje para a Globo News.
"A polícia me prestou todo o atendimento, mas o Carrefour não me deu nenhuma assistência até agora. Não se manifestaram", afirmou ela.
Em nota recente divulgada pelo Carrefour, a empresa garante que está buscando o contato da família "para dar o suporte necessário neste momento difícil".
O Carrefour também definiu que todo o resultado gerado pelas lojas hoje será revertido para projetos de combate ao racismo no país. "Reiteramos que, para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam".
De acordo com relatos, João Freitas teria discutido com a caixa do estabelecimento e conduzido pelo segurança até o estacionamento da loja, no andar inferior. Um policial militar temporário - funcionário contratado pela Brigada Militar por tempo determinado, para atividades administrativas -, acompanhou o deslocamento, que acabou no espancamento de Freitas.
A cena vem sendo comparada nas redes sociais ao que aconteceu com George Floyd, que morreu sufocado por policiais nos Estados Unidos.
Os agressores foram presos, suspeitos de homicídio doloso. A polícia aguarda o laudo pericial e mais imagens de câmera para esclarecer o caso. A investigação segue com a 2ª DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O caso aconteceu na loja de Passo D'Areia, em Porto Alegre.
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