Prédio que tombou em Betim (MG) deve ser demolido neste sábado
O prédio que tombou em Betim (MG) na noite da última terça-feira (17) deverá ser demolido amanhã. Engenheiros da Defesa Civil de Betim (MG) e técnicos da empresa responsável pela demolição da obra se reuniram na manhã de hoje para definir os próximos passos.
Como não há possibilidade de recuperação da estrutura, o prédio precisa ser demolido o quanto antes. Na tarde de ontem, a prefeitura de Betim informou que a demolição será feita por uma empresa terceirizada, mas que a construtora terá que arcar com os custos, já que é responsável pelos danos.
Segundo a Defesa Civil, o prédio está apresentando estalos, o que indica que a estrutura está cedendo e pode desabar a qualquer momento.
A prefeitura conseguiu na justiça a autorização para iniciar a demolição após 24 horas caso o proprietário do imóvel não se manifeste. O prazo termina às 8 da manhã deste sábado.
Causas do tombamento
A Defesa Civil praticamente descartou que as chuvas que atingiram a região no início da semana tenham sido a principal causa do tombamento.
"A chuva pode ter alguma influência, mas muito baixa. A gente acredita mesmo que possa ter sido parte estrutural ou até a questão do solo, mas nós temos que fazer uma análise bem detalhada para fazer essa afirmativa", disse o superintendente da Defesa Civil, Walfrido de Assis Lopes.
A Secretaria Municipal de Ordenamento Territorial e Habitação da Prefeitura de Betim informou que o imóvel possuía alvará de construção, licença ambiental e responsável técnico cadastrado nos órgãos responsáveis.
O engenheiro civil, responsável técnico pela obra, informou por meio de nota que vai aguardar as apurações da defesa civil sobre a causa do tombamento para se manifestar sobre o assunto.
Vizinhos afetados
Como o prédio estava em construção, não havia moradores. Já os vizinhos precisaram ser deslocados para abrigos ou casas de parentes. A avaliação da Defesa Civil constatou que quatro casas foram impactadas de forma direta, e outras 11, de forma indireta. Quinze famílias precisaram sair do local pelo risco de partes da estrutura caírem sobre as residências.
"Tivemos que sair de casa. A minha casa é de frente, não tem tanto risco, mas a Defesa Civil pediu pra gente ficar fora até saber o que vai acontecer realmente. Lugar definido para ir nós não temos, estamos esperando para saber se podemos voltar para casa", desabafou Camila Souza, de 31 anos.
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